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Estado de Minas

Gregos elegem manter o euro

L�der de direita a favor do bloco econ�mico vence elei��es e defende "um governo de uni�o" para tirar o pa�s da crise


postado em 18/06/2012 07:30 / atualizado em 18/06/2012 07:48

O l�der do partido de direita Nova Democracia (ND), Antonio Samaras, vitorioso nas elei��es legislativas de ontem na Gr�cia, prop�s a forma��o de um “governo de uni�o nacional” para sair da crise econ�mica e manter o pa�s na Zona do Euro. Segundo ele, o pa�s escolheu ficar no bloco da moeda �nica e “n�o tem um minuto a perder”. O l�der da esquerda radical, Alexis Tsipras, admitiu a derrota e negou-se a participar de uma futura coaliz�o, prometendo manter seu partido, o Syriza, na dianteira da oposi��o. “Vamos representar a maioria do povo contra o acordo”, disse, em refer�ncia aos termos de rigor fiscal impostos pela Uni�o Europeia (UE), Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monet�rio Internacional (FMI) ao pa�s.

Papoulias congratula-se com Samaras em seu escritório em Atenas(foto: REUTERS/Yorgos Karahalis )
Papoulias congratula-se com Samaras em seu escrit�rio em Atenas (foto: REUTERS/Yorgos Karahalis )

O l�der do socialista Pasok, Evangelos Venizelos, condicionou a participa��o no governo de consenso a uma presen�a ampla da esquerda. “Um governo de responsabilidade nacional sup�e a participa��o de todas as for�as da esquerda, incluindo os radicais do Syriza”, alertou. Segundo proje��es oficiais baseadas em 70% das urnas apuradas, a ND obteve 29,5% dos votos, o que lhe garante 128 das 300 cadeiras no parlamento, contra 27,1% para a Syriza (72) e 12,3% para o Pasok (33). A Constitui��o grega d� 50 cadeiras extras ao partido vencedor das elei��es. Com isso, ND e Pasok, que compunham o governo anterior e apoiam a ajuda externa condicionada, j� t�m eleitos suficientes para atingir a maioria.

As elei��es foram polarizadas entre a promessa da ND de “sair da crise mas n�o do euro” e a esquerda radical, que exigia a renegocia��o do pacto de austeridade. Os vitoriosos garantiram ser o “fiador” da perman�ncia da Gr�cia na Zona do Euro, mas admitem “renegociar” o memorando do plano de ajuste acertado com a chamada troika. Ontem mesmo, o ministro alem�o das Rela��es Exteriores, Guido Westerwelle, reagiu dizendo estar disposto a discutir os prazos necess�rios para a aplica��o das reformas na Gr�cia. “Posso imaginar, sem problemas, uma negocia��o sobre novos prazos”, afirmou.

Divis�o Os eleitores gregos foram �s urnas divididos entre a revolta com os cortes or�ament�rios que o governo passado assumiu para obter ajuda internacional e o medo dos desdobramentos de n�o honrar o mesmo acordo. A expectativa em torno da segunda vota��o legislativa deste ano, ap�s o pleito de 6 de maio n�o ter levado � forma��o de novo governo, j� tinha piorado a crise europeia e for�ado nova elei��o.

O resultado das elei��es gregas est� na pauta do encontro de c�pula do G20, grupo das 20 maiores economias, que come�a hoje e vai at� amanh� em Los Cabos, no M�xico. A presidente Dilma Rousseff desembarcou ontem para a reuni�o e dever� defender que o caminho da retomada econ�mica global n�o passa por cortes de gastos, mas sim por distribui��o de renda e est�mulos ao crescimento.

A c�pula ter� tr�s sess�es de trabalho, cujos temas centrais ser�o crise econ�mica e fortalecimento do sistema financeiro, mas tamb�m passar�o por com�rcio internacional, economia verde, infraestrutura, seguran�a alimentar e gera��o de empregos. Al�m de participar das sess�es, Dilma ter� uma s�rie de encontros bilaterais com chefes de Estado e de governo. Hoje ela se re�ne com a chanceler alem�, Angela Merkel, e o presidente da R�ssia, Vladimir Putin.

Europeus prometem apoio

O segundo pacote de resgate da Gr�cia da Zona do Euro e do Fundo Monet�rio Internacional (FMI) � a base para o crescimento econ�mico da Gr�cia e para a cria��o de empregos, disseram dois oficiais da Uni�o Europeia depois dos resultados preliminares da elei��o na Gr�cia. “O segundo programa de ajuste econ�mico entre a Gr�cia e o grupo europeu � a base na qual se construir�o o crescimento, a prosperidade e os empregos para o povo grego”, disseram em nota conjunta o presidente da Comiss�o Europeia, Jos� Manuel Barroso, e o presidente da Comiss�o Europeia, Herman Van Rompuy. “Continuamos prontos para ajudar a Gr�cia a atingir esses objetivos”, afirmaram, antes do in�cio do encontro das 20 maiores economias, o G20, no M�xico.

“O povo grego falou. Esperamos que os resultados eleitorais permitam formar um governo rapidamente”, assinalaram Van Rompuy e Barroso. “Seguiremos apoiando a Gr�cia como membro da fam�lia da Uni�o Europeia e da Zona do Euro”, acrescentaram.

A Alemanha est� disposta a discutir os prazos necess�rios para a aplica��o das reformas na Gr�cia, declarou o ministro alem�o das Rela��es Exteriores, Guido Westerwelle. “N�o deve haver mudan�a substancial nos compromissos” assumidos pela Gr�cia com seu programa de reformas, mas “posso imaginar, sem problemas, uma negocia��o sobre novos prazos”, disse.

Para justificar esta flexibilidade, o ministro destacou que a Gr�cia viveu “uma paralisia pol�tica nas �ltimas semanas devido �s elei��es”. “Os cidad�os comuns n�o podem ser punidos, especialmente porque j� suportaram cortes dr�sticos.” “Estamos dispostos a assumir a solidariedade na Europa, mas n�o podemos aceitar a anula��o dos compromissos assumidos”, disse Westerwelle, o primeiro dirigente europeu a se posicionar depois das elei��es gregas.

At� o momento, Berlim se manteve inflex�vel sobre o programa de reformas negociado por Atenas com a Uni�o Europeia e o Fundo Monet�rio Internacional (FMI) em troca do socorro financeiro, tanto em rela��o ao conte�do quanto aos prazos decretados.


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