O Cons�rcio Construtor Belo Monte (CCBM) promete acionar a Justi�a em rela��o � invas�o por dezenas de lideran�as ind�genas e ativistas a um dos escrit�rios nos canteiros da Usina de Belo Monte em Altamira do Par�, no fim da tarde do �ltimo s�bado, 16. Foram quebrados computadores, mesas, cadeiras e queimados documentos.
O CCBM registrou um boletim de ocorr�ncia na delegacia do munic�pio. A Pol�cia far� levantamento dos danos e ir� apurar se houve saque ou apenas vandalismo.
Por meio da assessoria, o Cons�rcio observou que j� havia uma liminar proibindo o acesso de manifestantes ao s�tio da empresa.
A invas�o ao escrit�rio � a segunda manifesta��o ocorrida em Belo Monte durante a realiza��o do Xingu+23, evento paralelo � Confer�ncia das Na��es Unidas sobre Desenvolvimento Sustent�vel, no Rio de Janeiro, a Rio+20. O Xingu+23 � uma esp�cie de confer�ncia com uma s�rie de atividades e debates em comemora��o aos 23 anos de resist�ncia contra Belo Monte, que acontece em Santo Ant�nio, a 50 km de Altamira.
Na primeira manifesta��o, na quinta-feira passada, cerca de 200 pessoas, entre ind�genas, agricultores e pescadores afetados pela constru��o da usina hidrel�trica de Belo Monte, ocuparam durante todo o dia o local onde a barragem ser� constru�da, pr�ximo � vila de Santo Ant�nio. No local, o cons�rcio ergue uma esp�cie de barragem de terra conhecido por ensecadeira.
O Movimento Xingu Vivo para Sempre (MXVPS), em nota, nega incentivo �s manifesta��es de quebra-quebra. O MXVPS � organizador e coordenador do encontro Xingu+23. "A a��o dos ind�genas foi realizada de forma independente. Alguns participantes do evento decidiram, por conta pr�pria, apoiar o ato dos ind�genas. Em nenhum momento a a��o foi incentivada pela coordena��o do evento", declaram em nota.