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Estado de Minas

Ind�stria brasileira est� parada e sem confian�a

N�vel de descren�a dos empres�rios cresce e capacidade ociosa das f�bricas chega a 16,3%, apesar dos incentivos


postado em 21/06/2012 06:00 / atualizado em 21/06/2012 07:30

O Brasil n�o pode mais contar com a ind�stria para puxar o crescimento e impulsionar os investimentos em 2012. Al�m da estagna��o do setor, uma crise de confian�a se instalou entre os empres�rios e, segundo estudos divulgados ontem pela Funda��o Getulio Vargas (FGV) e pela Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI), eles est�o cada vez mais descrentes em uma retomada no curto prazo. O n�vel de confian�a medido por essas institui��es caiu ao menor patamar do ano e, diante de um consumo mais fraco das fam�lias, as f�bricas passaram a enfrentar ainda dificuldades para escoar estoques: as empresas se viram obrigadas a reduzir o ritmo de produ��o e a capacidade ociosa bateu em 16,3% em junho, um percentual inferior � m�dia dos �ltimos cinco anos.

Ministro Guido Mantega considerou piada a previsão do Credite Suisse de alta de 1,5% para o PIB do Brasil(foto: ANDRÉ DUSEK/AE %u2013 12/4/12)
Ministro Guido Mantega considerou piada a previs�o do Credite Suisse de alta de 1,5% para o PIB do Brasil (foto: ANDR� DUSEK/AE %u2013 12/4/12)

Com esses n�meros, o banco de investimentos Credit Suisse reduziu a estimativa de expans�o do pa�s de 2% para 1,5% — revis�o que irritou o ministro da Fazenda, Guido Mantega. “� uma piada. Vai ser muito mais que isso”, afirmou. O banco, por�m, justifica o pessimismo com c�lculos que mostram uma desacelera��o no ritmo de investimentos, de 4,7% em 2011 para 0,3% em 2012. O ministro do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior, Fernando Pimentel, tentou minimizar. “Acho que a vis�o que os europeus t�m � necessariamente negativa por ser influenciada pelo clima de l�. A situa��o do mercado financeiro na Europa � muito ruim”, disse. “N�o acompanho esse pessimismo do Credit Suisse. Acho que vamos crescer mais que isso”, emendou.

Estagnada desde o terceiro trimestre do ano passado, a ind�stria n�o conseguiu esbo�ar rea��o mesmo ap�s medidas de desonera��o, de incentivo ao cr�dito e de o d�lar ter alcan�ado a casa dos R$ 2, n�vel considerado ideal pelos empres�rios para exportar e tamb�m para evitar a concorr�ncia dos importados. O governo tem tentado atender  todos os loobies dos industriais e distribuiu benef�cios na esperan�a de evitar que o Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas do pa�s) ganhasse formas de “pibinho”, mas, para analistas, � praticamente imposs�vel um resultado pr�ximo, pelo menos, de 3%. As previs�es foram todas revisadas no mercado para baixo nas �ltimas semanas e a aposta principal � de que, no m�ximo, o Brasil alcance 2,3%. Os mais pessimistas falam at� em uma expans�o de 1,2% no ano, e parte desse resultado ruim � atribu�do ao setor produtivo.

Frustra��o


“O cen�rio para a ind�stria � de estagna��o. H� entre os empres�rios um sentimento de frustra��o, de que as coisas n�o est�o melhorando”, observou Marcelo de �vila, economista da CNI. Pelos dados da entidade, a queda de confian�a foi maior entre as empresas de grande porte, houve uma redu��o de 2,6 pontos no indicador entre maio e junho. Nas de m�dio porte, o recuo foi de 1,6 ponto, e nas pequenas, de 0,6. De 28 segmentos pesquisados pela CNI, 21 apresentaram retra��o no otimismo. Pelos n�meros da FGV, as expectativas tamb�m foram afetadas, ca�ram ao menor n�vel do ano, o que indica ainda que as previs�es de investimento devem ficar apenas no papel. Com o aumento da capacidade ociosa da ind�stria e a perspectiva de um ritmo menor de consumo, os empres�rios n�o veem motivo para expandir.


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