-O Eurogrupo afina na reuni�o desta quinta-feira as condi��es de resgate aos bancos da Espanha, ap�s o an�ncio de que, no pior dos cen�rios, o setor financeiro espanhol necessitar� de at� 62 bilh�es de euros. No encontro tamb�m est� sendo debatido o plano de ajuda � Gr�cia.
O ministro de Finan�as espanhol, Luis de Guindos, afirmou em sua chegada a Luxemburgo para uma reuni�o do Eurogrupo que o pedido oficial de ajuda ao setor financeiro da Espanha ser� feito nos pr�ximos dias.
"A apresenta��o (do pedido de ajuda) � uma mera formalidade. Hoje viemos explicar qual � a situa��o dos bancos espanh�is", disse o ministro. "O substancial acontecer� nesta tarde, quando as auditoras independentes derem a Madri seus resultados sobre a sa�de dos bancos espanh�is", argumentou, antes de precisar que "a partir disso, elaboraremos uma rota de fuga".
A consultora norte-americana Oliver Wyman calculou as necessidades dos bancos em 62 bilh�es de euros no cen�rio mais extremo, enquanto que a alem� Roland Berger projetou um teto de ajuda de 51,8 bilh�es de euros.
Contudo, os ministros n�o dever�o receber o pedido formal de Madri, que poder� acontecer na sexta-feira, durante um encontro em Roma entre It�lia, Alemanha, Fran�a e Espanha, no qual comparecer� o presidente do governo, Mariano Rajoy.
"Uma vez que a Espanha fa�a o pedido de ajuda, n�s poderemos trabalhar nele imediatamente", disse o ministro alem�o de Finan�as, Wolfgang Sch?uble. A Europa espera assim acalmar os nervos dos mercados, que cobraram juros alt�ssimos nas emiss�es de t�tulos da Espanha nesta quinta-feira.
Os europeus tamb�m dever�o revelar outros detalhes do resgate, como as condi��es que a zona do euro exigir� � Espanha em troca dos fundos, o prazo de devolu��o, a taxa de juros, estipulando f�rmulas que reduzam a percep��o negativa nos mercados da ajuda ao setor financeiro espanhol.
Principalmente o resgate estar� canalizado atrav�s de um fundo p�blico de apoio aos bancos, o que pesar� na d�vida p�blica do pa�s.
A ajuda tamb�m vir� acompanhada de novas exig�ncias de austeridade em um momento no qual o pa�s, em recess�o e com uma taxa de desemprego de 24,44%, tenta reduzir seu d�ficit p�blico de 8,9% do PIB a 5,3% este ano.
Para aliviar a carga, a zona do euro pode aprovar nesta mesma quinta-feira a concess�o de mais um ano, at� 2014, para que a Espanha cumpra sua meta de d�ficit de 3%.
No encontro desta quinta-feira, ou no de sexta-feira em Roma, ser� debatida a ideia lan�ada pelo l�der italiano, Mario Monti, de que o fundo de resgate compre d�vida espanhola e italiana nos mercados secund�rios, o que tem sido considerado como um resgate brando.
Ainda persistem divis�es entre os europeus sobre se o resgate ao setor banc�rio espanhol deve proceder do fundo de resgate tempor�rio (FEEF) ou do permanente (MEE), que entrar� em vigor em julho. A diferen�a � crucial j� que o MEE, em sua condi��o de credor preferencial, tem prioridade sobre outro investidor para cobrar caso o pa�s se declare em default.
Al�m da Espanha, a Gr�cia tem concentrado boa parte dos debates. Segundo fontes europeias, o Eurogrupo prev� debater uma renegocia��o do plano de austeridade acordado com a Gr�cia em troca de ajuda, que "se encontra completamente fora do trilho", conforme informou uma fonte europeia.
Em Atenas, o novo governo de coaliz�o conservador-socialista com apoio da esquerda democr�tica, j� anunciou que pedir� � UE e ao FMI dois anos a mais, at� o final de 2016, para sanear suas contas, o que poder� exigir um novo empr�stimo entre 16 e 20 bilh�es de euros.
Al�m dos casos de Espanha e Gr�cia, o Chipre, que representa 0,2% das economias dos 17 pa�ses da zona do euro, planeja pedir ajuda para seu setor financeiro, disse uma fonte europeia.
Os debates da Eurozona t�m sido complicados e podem durar v�rias horas. O objetivo � obter um consenso na reuni�o europeia de 28 e 29 de junho.