A Espanha far� o pedido oficial de ajuda para recapitalizar os bancos na pr�xima segunda-feira, disse nesta sexta-feira o ministro de Economia espanhol, Luis de Guindos, em uma coletiva de imprensa em Luxemburgo. "Emitiremos na pr�xima segunda-feira a carta com o pedido formal de ajuda", disse o ministro durante coletiva de imprensa realizada ap�s reunir-se com seus s�cios europeus da UE.
Segundo o ministro, o pedido "� uma mera formalidade", conforme voltou a insistir ontem, um dia ap�s o Eurogrupo pressionar a Espanha para que solicitasse oficialmente at� segunda-feira o resgate para os bancos, depois do an�ncio de que o setor financeiro do pa�s necessitar� de at� 62 bilh�es de euros.
Os ministros das Finan�as da UE debateram nesta sexta-feira o caminho para alcan�ar uma uni�o banc�ria europeia, para evitar a repeti��o do cen�rio de uma crise da d�vida que arrase todo o setor financeiro do continente.
Neste sentido, a op��o de uma recapitaliza��o direta dos bancos, sem passar pelos Estados, "est� aberta" para a Espanha, destacou De Guindos. "Mas o processo n�o � instant�neo", explicou o ministro. "� uma quest�o fundamental e que teremos que analisar nas pr�ximas semanas. Ser� examinada na reuni�o de c�pula europeia do fim do m�s", disse.
De acordo com De Guindos, a devolu��o dos empr�stimos aos bancos espanh�is ser� feita com base em "prazos longos, para mais de 15 anos" e com "taxas de juros de 3 e 4%", disse o ministro da Economia espanhol, Luis de Guindos, em coletiva de imprensa.
Ao ser interrogado sobre as condi��es de resgate aos bancos espanh�is, o ministro respondeu que se trabalha sobre acordos j� existentes: "S�o prazos longos, de mais de 15 anos, com per�odos de car�ncia entre cinco e dez anos e taxas de juros entre 3 e 4%". "Com estes par�metros � que trabalhamos atualmente", disse.
De acordo com as avalia��es de duas auditoras, divulgadas na quinta-feira pelas autoridades espanholas, o setor financeiro espanhol necessita de 16 a 62 bilh�es de euros.
A consultora norte-americana Oliver Wyman calculou necessidades entre 16 e 25 bilh�es de euros em um cen�rio base e de entre 51 e 62 bilh�es de euros em um cen�rio extremo, enquanto que a alem� Roland Berger calculou que as necessidades s�o entre 25,6 bilh�es de euros e 51,8 bilh�es de euros, anunciou o vice-governador do Banco da Espanha, Fernando Restoy.
O exerc�cio foi realizado com 14 grupos banc�rios, que representam 90% do setor financeiro nacional, disse Restoy, segundo o qual a avalia��o se aplica a toda a carteira de cr�dito nacional, cr�dito a pequenas e m�dias, a fam�lias, ao consumo, � aquisi��o de moradias e n�o s� ao cr�dito relacionado ao setor de constru��o civil.
Segundo Restoy, os dois cen�rios considerados foram um de base e outro mais extremo, com uma recess�o e uma queda dos pre�os do setor imobili�rio mais intensa e as necessidades de capital que isso exigiria dos bancos em um per�odo de tr�s anos, at� 2014.
O objetivo destes exerc�cios � "avaliar a resist�ncia do sistema financeiro espanhol para suportar cen�rios macroecon�micos desfavor�veis, cen�rios mais negativos que aqueles que aparecem refletidos nas principais previs�es", afirmou. "Creio que os resultados destes avaliadores confirmam o exerc�cio realizado pelo FMI", disse Restoy, em refer�ncia ao relat�rio no qual o Fundo estimou em 40 bi de euros as necessidades dos bancos da Espanha.
Estes resultados servir�o ao governo espanhol para fazer o pedido concreto de ajuda depois que, em 9 de junho, a Eurozona se mostrou disposta a dar uma ajuda de no m�ximo 100 bilh�es de euros para sanear o setor financeiro espanhol, debilitado ap�s o estouro da bolha imobili�ria de 2008.