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Estado de Minas

Perigo e preju�zo no Aeroporto Carlos Prates

Aeroporto da capital enfrenta diversos problemas, que se agravaram com interrup��o de servi�o de abastecimento


postado em 23/06/2012 06:00 / atualizado em 23/06/2012 07:08

Gastos para encher o tanque das aeronaves na Pampulha são dobrados. Perda de tempo é outro incômodo(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press )
Gastos para encher o tanque das aeronaves na Pampulha s�o dobrados. Perda de tempo � outro inc�modo (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press )

 

Uma bomba-rel�gio que pode explodir a qualquer hora. Depois de funcionar por anos sem projeto de combate a inc�ndio, o Aeroporto Carlos Prates, em Belo Horizonte, teve o posto de abastecimento fechado pela Ag�ncia Nacional de Petr�leo, G�s Natural e Biocombust�veis (ANP) no in�cio do m�s e, de l� para c�, empres�rios acabam cometendo uma s�rie de irregularidades no abastecimento das aeronaves por causa do descaso da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportu�ria (Infraero). Al�m disso, a medida obriga que o abastecimento seja feito em outras unidades, principalmente no Aeroporto Carlos Drummond de Andrade, na Pampulha, o que aumenta consideravelmente o custo e causa transtornos para os usu�rios do setor no terceiro maior aeroporto de Minas, com 82 pousos e decolagens por dia.

Depois de receber uma s�rie de reclama��es dos usu�rios do aeroporto nas �ltimas d�cadas por n�o apresentar o projeto, a Infraero nada fez para mudar o cen�rio at� que, em 5 de junho, a ANP proibiu que as aeronaves fossem abastecidas no p�tio. Com isso, teve in�cio uma s�rie de problemas: empres�rios do setor, que preferem n�o se identificar por medo de repres�lia da Infraero, denunciam que tem sido comum a pr�tica de infra��es na unidade. Entre elas, o fato de as empresas estarem indo at� a Pampulha para abastecer, retornando ao Carlos Prates e fazendo o transbordo do combust�vel de uma aeronave para outra; os avi�es e helic�pteros tamb�m s�o guardados nos hangares com tanque cheio, o que aumenta o risco de inc�ndio; gal�es s�o usados para abastecer as aeronaves, o que � irregular; e h� at� mesmo o uso de gasolina automotiva premium nos tanques.

Muitas das pr�ticas s�o vis�veis aos olhos de todos os usu�rios e causam receio em pilotos e empres�rios. Eles criticam a falta de investimento na unidade e alertam para a situa��o ca�tica, que piorou desde a interdi��o da bomba. “Todos os avi�es est�o estacionando com tanque cheio. Imagina o risco disso. O Carlos Prates vive situa��o de p�nico. Se botar fogo em uma aeronave, 10 ou 15 v�o explodir”, afirma o empres�rio e piloto, Serghen Gomide. Cr�tica semelhante faz o o s�cio-diretor da Aerobravo Ind�stria Aeron�utica F�bio Homem de Carvalho Filho: “� o mesmo que colocar uma bomba”. Na avalia��o do piloto e empres�rio Ant�nio Greco, � preciso tomar medidas r�pidas. “Enquanto n�o houver um acidente s�rio, com morte, n�o v�o fazer nada”, afirma.

Atrasos

  Al�m dos riscos inerentes � proibi��o de abastecimento, os empres�rios do setor sofrem uma s�rie de preju�zos. Para seguir at� a Pampulha para abastecer � necess�rio pagar, pela segunda vez, taxas de pouso e decolagem, aux�lio � comunica��o e tamb�m � navega��o. O litro do combust�vel � R$ 0,10 mais caro. Greco relata que teve de decolar para Uberaba, no Tri�ngulo Mineiro, para uma reuni�o de neg�cios. Mesmo chegando com o nascer do sol ao Carlos Prates, o voo previsto para as 7h s� saiu quase duas horas depois, por ter que fazer uma conex�o. Obviamente, ele chegou atrasado ao compromisso. “Eles exigem v�rias coisas, mas n�o querem cumprir o m�nimo”, critica.

Transtorno tamb�m para Serghen Gomide. Ele decolou para uma consulta m�dica no Rio de Janeiro, mas chegou com mais de uma hora de atraso por ter sido obrigado a enfrentar a fila para abastecimento que tem se formado na Pampulha. O servi�o, que antes era feito em cinco minutos, agora precisa de pelo menos duas horas. Al�m de ter perdido o compromisso, ele ter� de arcar com os gastos de outro voo. “Se continuar assim por dois ou tr�s meses, pode haver debandada do aeroporto”, afirma. As escolas de pilotagem que funcionam no Carlos Prates tiveram que reduzir o n�mero de alunos. Com o tempo gasto para ir at� outra unidade abastecer, as aulas ca�ram quase pela metade este m�s.

O Estado de Minas tentou falar com o superintendente do terminal, Fernando Oliveira, mas ele se recusou a responder. Por meio da assessoria de imprensa, a Infraero informou que ontem foi assinado contrato emergencial para elabora��o do plano de combate a inc�ndio, que deve ficar pronto em at� 80 dias. Al�m disso, ressalta que equipes de emerg�ncia ficam de prontid�o na unidade.

Na semana que vem, representantes do �rg�o se re�nem com a ANP e o Corpo de Bombeiros para tentar solucionar o problema e liberar o posto de abastecimento antes mesmo da conclus�o do projeto. O EM tentou falar com a ANP, mas n�o teve retorno at� o fechamento da edi��o. Sobre a possibilidade de interdi��o do aeroporto, o Corpo de Bombeiros se restringiu a dizer que foram feitas reuni�es este ano e foram dadas “orienta��es quanto �s provid�ncias para regulariza��o do aeroporto, de acordo com o previsto na legisla��o estadual”, informa nota encaminhada pela assessoria do �rg�o.

 

Uni�o no ar

As companhias a�reas TAM e LAN conclu�ram ontem a opera��o de troca de a��es, �ltima etapa para a forma��o de uma das 10 maiores empresas do setor no mundo e uma gigante latino-americana com faturamento anual de mais de US$ 13 bilh�es. A opera��o foi conclu�da com uma ades�o de 99,9% dos acionistas da TAM participantes da oferta, que aceitaram trocar suas a��es por um recibo que equivale a 0,9 da a��o da LAN. Ap�s a permuta, a TAM, cujas origens remontam a 1961, com a cria��o da T�xi A�reo Mar�lia, fecha seu capital no Brasil. Com a troca de a��es, que acontece cerca de dois anos depois do primeiro an�ncio de uni�o, nasce, na pr�tica, a Latam Airlines Group.


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