A cautela que antecede a reuni�o de c�pula da Uni�o Europeia, na quinta e sexta-feira, e expectativas de que o Banco Central fa�a um leil�o para rolagem do pr�ximo vencimento em 2/7 de cerca de 58.500 contratos de swap cambial (cerca de US$ 2,9 bilh�es) voltam a determinar a forma��o de pre�o do d�lar no mercado dom�stico.
Como grande parte dos agentes financeiros carrega posi��o comprada em d�lar neste fim de m�s e de semestre e tamb�m persiste o ceticismo externo sobre os resultados do encontro de l�deres europeus, a tend�ncia de alta para o d�lar se mant�m.
No entanto, na segunda-feira houve um descompasso entre os pre�os de fechamento do d�lar � vista (com leve alta de 0,05%, a R$ 2,066) e do d�lar julho/2012 (em ligeira queda, de 0,24%, a R$ 2,0645). Por isso, o mercado � vista come�ou os neg�cios ajustando essa distor��o.
O d�lar � vista no balc�o abriu com leve queda de 0,05%, a R$ 2,0650 e, em seguida, testou uma m�nima de R$ 2,060 (-0,29%). �s 10h07, no entanto, a moeda spot j� devolvia as perdas e, �s 10h30, atingiu uma m�xima de R$ 2,0770, alta de 0,53%. O ajuste positivo da moeda no balc�o representa um alinhamento aos pre�os futuros, que est�o em alta e renovando m�ximas sequenciais. �s 10h30, o d�lar julho/2012 exibia ganho de 0,61%, a R$ 2,0770, ap�s oscilar de uma m�xima de R$ 2,0790, alta de 0,70 a uma m�nima de R$ 2,0610 (-0,17%), registrada logo ap�s a abertura.
Temendo o fracasso da c�pula de l�deres, o presidente da Comiss�o Europeia, Jos� Manuel Barroso, pediu nesta ter�a-feira um "grande avan�o" na integra��o europeia. Em um discurso que define os elementos de um relat�rio que est� sendo preparado com outros l�deres da UE, Barroso disse que sua proposta "aproveita o momento...e identifica os principais componentes para a constru��o desse esfor�o." O relat�rio ser� apresentado na reuni�o de l�deres europeus em Bruxelas, mas Barroso alertou para as expectativas muito altas com uma �nica reuni�o.
Diante desse alerta, dificilmente deve mudar a percep��o do mercado de que os l�deres europeus podem n�o chegar a um acordo sobre propostas consideradas essenciais para resolver a crise da zona do euro. Entre elas, a forma��o de uma uni�o banc�ria, o estabelecimento de um sistema comum de garantia de dep�sitos, o uso dos programas de cr�dito emergencial e o relaxamento das exig�ncias de austeridade para os pa�ses que recebem ajuda.
Em prepara��o para a c�pula da Uni�o Europeia, o ministro de Finan�as da Fran�a, Pierre Moscovici, re�ne-se nesta ter�a-feira � noite em Paris com os ministros de Finan�as da Alemanha, Wolfgang Sch�uble, da Espanha, Luis de Guindos, e da It�lia, Mario Monti. Al�m disso, segundo Moscovici amanh� o presidente franc�s, Fran�ois Hollande, vai se encontrar com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, tamb�m para definir detalhes da c�pula.
Nas palavras do ministro franc�s, o encontro dos l�deres da UE vai definir as bases para a segunda fase do euro como a moeda comum do bloco. Ele acrescentou que as institui��es europeias precisam mostrar que � poss�vel atingir uma maior integra��o banc�ria, financeira e or�ament�ria, al�m de incentivar o crescimento. Moscovici defende que toda esse discuss�o para um maior integra��o eventualmente levar� � cria��o de um b�nus comum da zona do euro (eurob�nus).
O mercado, por�m, parece duvidar disso. Tanto que, �s 10h31, o euro recuava a US$ 1,2479, ap�s atingir m�nima de US$ 1,2456, ante US$ 1,2504 no fim da tarde de ontem. A m�xima da moeda �nica europeia at� o momento foi de US$ 1,2533.
Mais cedo, os investidores voltaram a exigir taxas de retorno (yield) mais altas em leil�es prim�rios de t�tulos da Espanha e da It�lia, que est�o no centro das preocupa��es atuais dos mercados. No caso espanhol, a demanda no leil�o tamb�m diminuiu e, para o lote de t�tulos espanh�is para o prazo de tr�s meses, o yield m�dio saltou de 0,846% para 2,362%.
Na It�lia, o banco Monte dei Paschi di Siena - o terceiro maior do pa�s em ativos -, informou que poder� buscar mais de 3 bilh�es de euros em ajuda do governo para reestruturar um empr�stimo de 1,9 bilh�o de euros feito em 2009. O objetivo � o de levantar capital extra para compensar o risco de perdas em sua carteira de t�tulos do governo italiano, informou nesta ter�a-feira o jornal econ�mico Il Sole 24 Ore. A decis�o ocorre um dia depois do pedido de ajuda da Espanha para recapitalizar seu sistema financeiro e tamb�m do rebaixamento pela Moody's de dos ratings da d�vida de longo prazo de 28 bancos espanh�is. Enquanto isso, os dados de confian�a do consumidor ficaram est�veis na Fran�a neste e tiveram discreta melhora na Alemanha.