A secret�ria adjunta da Receita Federal, Zayda Bastos Manatta, manteve nesta ter�a-feira a estimativa de que o crescimento real da arrecada��o em 2012 ser� dentro de um intervalo de 4% a 4,5% na compara��o com 2011, mas ponderou que o mais prov�vel � uma expans�o perto do piso dessa expectativa. "A gente ainda sustenta um pouco essa previs�o, mas o crescimento ser� mais pr�ximo de 4%", admitiu.
Para a secret�ria, n�o h� d�vidas de que a arrecada��o crescer� este ano, ainda que em um �ndice inferior ao visto em 2011. "Hoje temos alta da massa salarial, crescimento de bens e servi�os e consumo, mas a produ��o industrial est� crescendo menos", considerou. "A produ��o industrial j� estava caindo um pouco no ano passado, mas a arrecada��o se sustentou mesmo assim", acrescentou.
Segundo Zayda, a proje��o leva em conta todas as vari�veis macroecon�micas definidas pelo governo, como a que prev�, por exemplo, a expans�o do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano em 4%. Vale lembrar que, ainda que esta seja a proje��o oficial, o pr�prio ministro da Fazenda, Guido Mantega, j� trata do assunto salientando que o crescimento do Pa�s em 2012 ser� maior do que o do ano passado, quando ficou em 2,7%. "O crescimento est� ancorado nos indicadores macroecon�micos."
A secret�ria disse que a expans�o do PIB n�o � a principal vari�vel para a proje��o de arrecada��o e que a expectativa de crescimento mais baixo leva em conta a amplia��o do programa Brasil Maior. Nos dados n�o foram computados, por�m, a redu��o da Cide a zero, anunciada na sexta-feira para compensar o reajuste do aumento da gasolina, nem as �ltimas desonera��es concedidas pelo governo, como para autom�veis, por exemplo.
Zayda comentou ainda que as medidas que o governo toma t�m como consequ�ncia uma "mexida" na economia, e isso pode ampliar a arrecada��o de um outro grupo de tributos, apesar de estar, em princ�pio, desonerando uma parte da economia. "A Receita trabalha com os n�meros que o governo adota, n�o cabe � Receita fazer an�lises", continuou. Por isso, para ela, o encolhimento da atividade industrial n�o chega a ser um fator preocupante.