O presidente da Associa��o Latino-Americana de A�o (Alacero), Ra�l Guti�rrez Muguerza, disse, nesta quarta-feira, durante apresenta��o no Congresso Brasileiro do A�o, que apenas o bom desempenho da ind�stria sider�rgica na regi�o n�o � suficiente, mas que o setor precisa ser mais competitivo e mais r�pido.
O executivo disse tamb�m que os produtores de a�o latino-americanos conseguiram, nos �ltimos anos, aumentar seus n�veis de produ��o, mas que os volumes totais da regi�o ainda s�o pouco representativos perto do total mundial. "O consumo de a�o (na Am�rica Latina) caiu durante a crise, mas n�o tanto quanto � m�dia mundial, e ap�s isso apresentou r�pida recupera��o".
Segundo Muguerza, o consumo em 2012 e 2013, por outro lado, dever� ser negativamente afetado pelo cen�rio incerto da economia mundial devido, principalmente, � crise da d�vida na Europa. "A oportunidade para o setor na Am�rica Latina est� em promover novas estrat�gias para a cadeia com valor do a�o. A demanda � impulsionada pelos n�veis de intensidade em outros setores, como a constru��o, que representa 40% do consumo do a�o", disse.
China
Segundo o s�cio da McKinsey & Co Shanghai, A. Sun, o setor sider�rgico na China passa por um per�odo de maior dificuldades, com v�rias unidades do setor sendo fechadas e com a lucratividade em queda. Sun disse que o crescimento do setor sider�rgico nos �ltimos 20 anos foi "muito maior do que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB)" do pa�s e com taxa de "dois d�gitos", mas que agora essa curva se inverteu e o setor dever� crescer menos do que o PIB.
"At� 2020, a demanda por a�o acabado dever� ser de 815 milh�es de toneladas, com uma taxa de crescimento entre 3% e 4%, com um ritmo muito mais lento", disse. Para o PIB chin�s, a expectativa � de que a taxa de crescimento nos pr�ximos 10 anos seja de 7 8%. A. Sun disse, ainda, que o setor de constru��o de im�veis residenciais dever� ser um dos principais impulsionadores do setor sider�rgico chin�s nos pr�ximos anos.
Ele destacou que um dos problemas atuais � o excesso de capacidade produtiva do a�o. Segundo ele, a utiliza��o da capacidade na China est� entre 82% e 83%, "muito abaixo da linha saud�vel".
"A super capacidade n�o dever� ser resolvida no curto prazo", avaliou, dizendo que as 10 maiores sider�rgicas chinesas s�o respons�veis por 50% da produ��o do pa�s, abaixo da meta do governo, que � de 70%. "A ind�stria sider�rgica da China passar� por um processo de consolida��o. Ela j� est� ocorrendo, mas n�o rapidamente".
Ainda de acordo com o s�cio da McKinsey & Co Shanghai, o setor do pa�s tamb�m precisa se reestruturar. "As sider�rgicas precisam mudar a forma como trabalham com o governo, n�o conhecem seus clientes. � preciso uma aproxima��o e uma reestrutura��o na cadeia de valor", disse.