As taxas futuras de curto prazo reagiram em baixa ao fato de o Banco Central ter reduzido consideravelmente sua proje��o para o PIB deste ano, de 3,5% para 2,5%, segundo o Relat�rio Trimestral de Infla��o divulgado nesta quinta-feira. Al�m disso, a autoridade monet�ria projetou uma infla��o menor para 2013, o que fez os investidores em juros futuros precificarem, definitivamente, mais dois cortes de 0,5 ponto porcentual da Selic, em julho e agosto, convergindo para o cen�rio que j� foi projetado pelos analistas ouvidos na pesquisa Focus.
Assim, ao t�rmino da negocia��o normal na BM&F, o DI janeiro de 2013 (171.345 contratos) estava em 7,62%, de 7,65% no ajuste. O DI janeiro de 2014 (207.900 contratos) cedia para 7,87%, de 7,94% na v�spera. Os vencimentos mais longos, no entanto, apresentaram vi�s de alta. A taxa projetada pelo DI janeiro de 2017 (62.820 contratos) era de 9,38%, de 9,37% na v�spera, enquanto a taxa do DI janeiro de 2021 (5.195 contratos) subia a 10,09%, de 10,02% no ajuste.
A redu��o da estimativa para o PIB deste ano j� era amplamente esperada pelo mercado, mas a revis�o para baixo da infla��o de 2013, al�m da cita��o no relat�rio de que o vi�s deflacion�rio das commodities est� mantido, ajudou a consolidar o entendimento de que o afrouxamento monet�rio, por mais que o BC diga que ser� feita com parcim�nia, ainda se estender� por mais dois encontros. Segundo o documento divulgado nesta quarta-feira, no cen�rio de mercado a previs�o para a infla��o em 2013 foi ajustada de 5,3% para 4,9%.
Ainda sobre a revis�o do PIB, o diretor de Pol�tica Econ�mica do Banco Central, Carlos Hamilton Ara�jo, ao comentar o relat�rio, afirmou que a economia vai melhorar no segundo semestre e em 2013, refor�ando declara��es recentes do governo. Ali�s, a palavra da Fazenda sobre a nova previs�o do BC veio no per�odo da tarde. O secret�rio de Pol�tica Econ�mica, M�rcio Holland, afirmou que o conjunto das proje��es dadas pelo Banco Central "n�o � um dado que possa se tomar como sendo preciso e certo".
A reuni�o do Conselho Monet�rio Nacional realizada na tarde desta quarta-feira n�o trouxe surpresas. O centro da meta de infla��o para 2014 foi mantido em 4,5%, assim como foi confirmada a redu��o da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), de 6% para 5,5%.
No exterior, o primeiro de dois dias da reuni�o de c�pula da Uni�o Europeia, em Bruxelas, ainda n�o trouxe fatos concretos. Um documento preliminar, no entanto, informa que os l�deres europeus dever�o se comprometer com um pacto de crescimento no valor de 120 bilh�es de euros (US$ 149,8 bilh�es), que incluir� um aumento de 10 bilh�es de euros no capital do Banco Europeu de Investimento (BEI) e a finaliza��o de um plano para fortalecer a zona do euro at� o fim do ano.