Os l�deres da zona do euro fecharam um acordo na madrugada de hoje para maior integra��o econ�mica da regi�o, com �nfase na capitaliza��o banc�ria. O pacto firmado entre os pa�ses da zona do euro ter� investimentos de 120 bilh�es de euros, o equivalente a pouco mais de R$ 310 bilh�es.
Numa queda de bra�o diplom�tica, os premi�s italiano, Mario Monti, e espanhol, Mariano Rajoy, condicionaram a ades�o de seus pa�ses � obten��o de mecanismo para acesso direto dos bancos aos fundos de resgate europeus. A chanceler alem� Angela Merkel, que resistia � id�ia, cedeu, mas exigiu que o Banco Central Europeu se converta no �nico supervisor das entidades financeiras.
At� agora, os estados tomavam dinheiro emprestado dos fundos e depois repassavam aos bancos. Isso, entretanto, estava aumentando a d�vida p�blica, como se viu nos casos da Espanha e da It�lia, a ponto de os juros cobrados pelos mercados se tornarem insustent�veis.
Pelo acordo fechado em Bruxelas, os bancos poder�o buscar capital diretamente nos fundos criados para a estabiliza��o da zona do euro. Outro ponto acordado � que os fundos de resgate europeus tamb�m v�o comprar diretamente nos mercados os t�tulos soberanos dos pa�ses em maior dificuldade.
Dessa maneira, It�lia e Espanha conseguiram arrancar dos vizinhos, em particular da Alemanha, um pacto para reduzir a press�o dos mercados sobre as d�vidas dos dois pa�ses.
Conforme anunciou o presidente da Uni�o Europeia, Herman Van Rompuy, os l�deres europeus aprovaram a cria��o de uma inst�ncia �nica de supervis�o dos bancos da zona do euro, com participa��o do Banco Central Europeu.
Merkel, que teve que fazer concess�es, afirmou nesta sexta-feira que se manteve fiel a seus princ�pios aceitando os compromissos destinados a ajudar os pa�ses em dificuldade da zona do euro. “Eu acho que realizamos algo importante, mas continuamos fieis � nossa filosofia: nenhuma presta��o sem contrapartida”, afirmou a chanceler. “Continuamos inteiramente no esquema precedente: presta��o, contrapartida, condi��es e controle”, declarou.
Enquanto isso, o presidente franc�s, Fran�ois Hollande, defensor da ideia do pacto, saudou os primeiros efeitos do acordo. O documento parece ter gerado confian�a nos investidores. Os juros das d�vidas italiana e espanhola j� ca�ram na abertura dos mercados, nesta sexta-feira.