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Estado de Minas

Pol�cia Civil conclui inqu�rito sobre depreda��o da Usina Hidrel�trica de Belo Monte


postado em 30/06/2012 15:35

A Pol�cia Civil do Par� concluiu o inqu�rito sobre a destrui��o de 35 salas nos canteiros de obra da Usina Hidrel�trica de Belo Monte. A previs�o � que, na pr�xima segunda-feira, o documento seja protocolado na 3ª Vara Criminal de Altamira. Segundo, os 11 ativistas n�o �ndios que tiveram pedido de pris�o preventiva solicitado por envolvimento na depreda��o se recusaram a falar no depoimento.

A depreda��o ocorreu no dia 16 de junho, em meio ao encontro Xingu+23, ocorrido em Altamira (PA), e organizado pelo Movimento Xingu Vivo para Sempre e o Conselho Indigenista Mission�rio (Cimi). Segundo a pol�cia, a depreda��o contou com a a��o de �ndios da etnia Munduruku, de Mato Grosso, que n�o ser�o afetados diretamente pela obra.

De acordo com o Cons�rcio Construtor Belo Monte (CCBM), durante a ocupa��o, pelo menos 50 computadores foram quebrados, notebooks, celulares e radiocomunicadores foram furtados, dezenas de aparelhos de ar-condicionado foram danificados e m�veis, documentos e projetos foram queimados. A estimativa, segundo o cons�rcio, � que o preju�zo ultrapasse R$ 500 mil.

Para justificar o pedido de pris�o dos ativistas que, segundo a pol�cia, s�o ligados ao Cimi e ao Movimento Xingu Vivo para Sempre, foram apresentadas imagens, relatos testemunhais e laudos periciais que comprovariam o envolvimento dessas entidades na incita��o � depreda��o. O material conta, tamb�m, com grava��es feitas por policiais infiltrados no acampamento do Xingu+23.

“N�o h� d�vidas de que integrantes e assessores do Movimento Xingu Vivo encabe�aram esses atos criminosos. Entre os ind�cios, h� filmagens e fotos de um assessor deles entregando, aos �ndios, as picaretas, p�s e enxadas usadas na depreda��o. Essas ferramentas estavam em uma caminhonete Mitsubishi L-200 preta, alugada por uma mission�ria do Cimi. Temos inclusive o recibo da transfer�ncia banc�ria que registrou o pagamento da caminhonete, feito pelo pr�prio Cimi”, disse � Ag�ncia Brasil o superintendente regional da Pol�cia Civil em Altamira, delegado Cristiano Nascimento.

Outra prova apresentada pela Pol�cia Civil foi o depoimento de um estudante de Bel�m, que tamb�m participou do evento organizado pelo Xingu Vivo. Ele foi localizado com um dos celulares furtados durante a invas�o. “O estudante nos informou sobre o incitamento, feito por organizadores do Xingu+23, para o quebra-quebra”, disse o delegado. “Tudo j� foi repassado ao Judici�rio, como justificativa para o pedido de pris�o preventiva. Acredito que, em breve, a pris�o ser� acatada pela Justi�a porque contra fatos n�o h� argumentos”, completou.



Tanto o Xingu Vivo quanto o Cimi negam qualquer incita��o ao quebra-quebra, mas confirmam que os nomes do assessor e da mission�ria citados pela Pol�cia Civil s�o de integrantes seus e que a caminhonete, de fato, foi dirigida pelo assessor do Xingu Vivo para transportar ferramentas, mas com outros prop�sitos.

As duas entidades questionaram a isen��o da Pol�cia Civil nas investiga��es. De acordo com a assessoria de comunica��o do Movimento Xingu Vivo, prova disso � o fato de algumas viaturas policiais circularem na cidade com adesivos da Norte Energia, empresa respons�vel pela constru��o e opera��o da usina.

A assessoria do Cimi concorda e diz que “esses adesivos s�o o s�mbolo de quanto o Estado est� atrelado aos interesses de grupos econ�micos privados”. Prova disso, acrescenta o Cimi, � que “todas as condicionantes para beneficiar a pol�cia, que � o �rg�o opressor do Estado, foram cumpridas [pelo cons�rcio da usina], o que n�o se aplica �s [condicionantes] relativas aos afetados pela obra”.

Segundo o superintendente da Pol�cia Civil, os adesivos n�o comprometem a investiga��o. “Eles foram colocados apenas nas viaturas doadas como parte de um acordo de coopera��o t�cnico-financeiro, previsto em condicionantes para a seguran�a p�blica como um todo. N�o apenas para a Pol�cia Civil”, argumentou.

Sobre as imagens do assessor do Xingu Vivo usando a caminhonete alugada pelo Cimi para entregar as ferramentas usadas pelos �ndios na depreda��o, as duas entidades optaram por n�o comentar o assunto at� terem acesso aos autos do processo. Mas, segundo Cristiano Nascimento, “o despacho do delegado prova que os advogados j� tiveram acesso ao processo”.

Os pedidos de pris�o preventiva dos ativistas foram apresentados ao Judici�rio, que concedeu vista para an�lise do Minist�rio P�blico. A expectativa � que o processo seja devolvido � Justi�a na primeira semana de julho. Entre as acusa��es, est�o forma��o de quadrilha, roubo, saque, danos � estrutura dos im�veis e invas�o de propriedade privada. Tamb�m s�o acusados de dar suporte log�stico para os �ndios, como transporte e estadia.


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