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Estado de Minas FINAN�AS

Cresce n�mero de empreendedores especializados em starups

No Brasil, aplica��o atingiu os R$ 400 milh�es em 24 meses


postado em 02/07/2012 07:30 / atualizado em 02/07/2012 07:42

A redu��o da taxa b�sica de juros ao menor patamar da hist�ria est� fomentando os investimentos em pequenos neg�cios. A caderneta de poupan�a, os fundos de investimento e at� os pap�is da bolsa de valores est�o deixando de ser a �nica alternativa de aplica��o financeira para o brasileiro que tem no bolso um dinheiro extra. Muitos est�o trocando a rentabilidade do sistema financeiro para apostar no potencial do setor produtivo. � a� que entra os investidores-anjo, aqueles que colocam recursos em empresas iniciantes com grande potencial de crescimento, as chamadas startups.

A economia agradece, j� que o fomento de novas empresas e ao desenvolvimento de patentes significa tamb�m mais empregos para o pa�s. Para se ter uma ideia, nos �ltimos 24 meses, os aportes utilizados por esses profissionais somaram R$ 400 milh�es. Nos Estados Unidos a modalidade de investimento � consolidada e famosa por ter dado origem a organiza��es como a Apple, do lend�rio Steve Jobs. No Brasil, vem apresentando taxas de crescimento na ordem de 10% ao ano.

Em 2012, especialistas do setor est�o apostando em uma alta recorde no volume de capta��o, que pode atingir 25%. “Com a redu��o da taxa b�sica de juros, o investimento no setor produtivo se torna mais atrativo que a renda fixa e at� mesmo que a bolsa de valores”, avalia Gustavo Caetano, presidente da Associa��o Brasileira das Empresas de Startups. No Brasil, mais de 400 empresas com o perfil est�o ligadas � organiza��o, sendo 70 delas em Minas.

O empreendedorismo est� no DNA do brasileiro. Mas o que faria o investidor deixar a comodidade da renda fixa para correr riscos como s�cio de uma empresa? Jo�o �vila, coordenador do Anjos do Brasil em Minas, diz que quando as taxas de juros caem, � o momento que surgem os empreendedores. “� muito comum o brasileiro investir em neg�cios com colegas ou com a fam�lia. Um entra com o trabalho, o outro com o capital.” Segundo ele, o investimento-anjo segue essa ideia, por�m em maior escala e em ambiente fora do eixo familiar. Os recursos s�o injetados em neg�cios com alto potencial de crescimento como especialmente setores ligados �s tecnologia, servi�os, educa��o. “A chance de multiplicar o capital come�a do zero e pode chegar a 80 vezes.”

Este ano, o mercado espera um crescimento na ordem de 25% no volume de recursos aplicado nas startup. “No passado, o empreendedorismo foi sin�nimo de falta de op��o. Hoje, ele se tornou a escolha de profissionais bem colocados no mercado, o setor se tornou altamente qualificado”, diz Caetano.

Faro Para se tornar um investidor-anjo � necess�rio, em primeiro lugar, n�o ter avers�o ao risco e ter bom faro para identificar neg�cios promissores. Dados da Organiza��o Anjos do Brasil, d�o conta que a cada 20 empresas que se lan�am no mercado, uma vai dar certo, apresentando crescimento em grande escala. De acordo com �vila, que come�ou como investidor-anjo na empresa Neo Merkato, de com�rcio eletr�nico, os aportes n�o ultrapassam R$ 250 mil, em m�dia, mas podem chegar ao limite de R$ 500 mil. Jo�o investiu perto de R$ 200 mil na empresa e est� satisfeito. A expectativa de faturamento para este ano � de R$ 19 milh�es. A Neo Merkato, que apoia o n�cleo mineiro de investidores-anjo, j� emprega 40 funcion�rios.

O economista e professor do Ibmec, Guilherme Hamdan, diz que o aumento de investimentos no setor produtivo brasileiro � uma boa not�cia. “Isso significa que as pessoas est�o enxergando oportunidades e que est�o dispostas a correr riscos para alavanc�-las.” Ainda segundo o especialista, mesmo que o volume total seja baixo, o fato de investidores estarem vislumbrando oportunidades al�m do sistema financeiro � ben�fico tamb�m para as organiza��es. “As empresas conseguem captar recursos a um custo menor do que elas teriam que pagar se fossem busc�-los nas fontes habituais.”

No Brasil, experi�ncias marcantes na modalidade foram experimentadas pela Buscap�, empresa de com�rcio eletr�nico, vendido por US$ 340 milh�es, e tamb�m a Bematec, especializada em solu��es para o com�rcio, que come�ou pequena e hoje fatura R$ 300 milh�es ao ano.

Experi�ncia para agregar


Nos Estados Unidos, onde o investimento de indiv�duos que apostaram em uma ideia, especialmente no setor ligado a tecnologias, deu origem ao termo investimento-anjo, alavancando empresas como a Apple, al�m de terem fomentado sucessos como o Twitter e o Facebook. No pa�s, os investimentos de pessoas f�sicas na produ��o � efetivado por uma legi�o de mais de 360 mil investidores, tendo captado mais de US$ 20 bilh�es em 2011.

Em Belo Horizonte, o fundador da organiza��o Anjos do Brasil, C�ssio Spina, explica que o investimento de pessoas f�sicas em empresas nascentes n�o inclui apenas o capital, mas a experi�ncia que o s�cio pode agregar ao neg�cio, seja com conhecimentos ou rede de relacionamentos. Spina, que lan�ou na capital o livro Investidor-anjo: guia pr�tico para empreendedores e investidores, diz que a modalidade j� existe no Brasil no modelo informal, agora a organiza��o pretende facilitar o encontro entre investidores e empreendedores. Segundo ele, a regional em Minas vai realizar cursos al�m de aproximar as duas pontas. O site da organiza��o oferece espa�o para o empreendedor e investidor, � um come�o para quem deseja se lan�ar na atividade.

Lesley Scarioli J�nior se tornou um investidor-anjo e diz que o principal atrativo do setor � a rentabilidade. “Apesar do risco ser alto se a empresa der certo o retorno � multiplicado v�rias vezes.” Ele investiu em uma empresa de tecnologia da informa��o e acredita que a capta��o de recursos cresce em �pocas de estabilidade econ�mica e redu��o da taxa b�sica de juros. (MC)


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