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Estado de Minas

Saldo da balan�a comercial despenca 81,8% em junho

Super�vit da balan�a comercial brasileira ficou em apenas US$ 807 bi no m�s passado. Resultado � o pior em 10 anos


postado em 03/07/2012 06:00 / atualizado em 03/07/2012 07:41

Bras�lia – O super�vit da balan�a comercial em junho encolheu 81,8%, para US$ 807 bilh�es na compara��o com o mesmo m�s de 2011 (US$ 4,4 bilh�es). O resultado ficou abaixo da expectativa do governo e foi o pior em 10 anos. A justificativa para a forte retra��o deve-se, em grande parte, ao agravamento da crise internacional.

A queda na demanda nos principais mercados afetou diretamente as exporta��es nacionais que despencaram 14,2% em junho, em rela��o ao mesmo per�odo do ano passado, para US$ 19,3 bilh�es. J� as importa��es avan�aram 1,1% em igual intervalo, somando US$ 18,5 bilh�es, de acordo com dados divulgados ontem pelo Minist�rio do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior (Mdic). No acumulado do semestre, as exporta��es somaram US$ 117,2 bilh�es, volume 1,7% menor do que os US$ 118,3 bilh�es registrados na primeira metade de 2011. O saldo do per�odo caiu 45,4%, para US$ 7,1 bilh�es, tamb�m foi o pior em uma d�cada.

Os maiores importadores de produtos brasileiros – China e Estados Unidos – compraram menos mercadorias nacionais. O volume declinou, 18,6% e 19,1% em rela��o a maio, respectivamente, para US$ 3,9 bilh�es e US$ 2 bilh�es. “A crise tem afetado nosso com�rcio. Os pre�os das commodities ca�ram mais do que est�vamos esperando. Mas n�o s�o apenas a China e os EUA que preocupam. A queda das nossas exporta��es foi generalizada, praticamente em todas as regi�es”, destacou a secret�ria de com�rcio Exterior do Mdic, Tatiana Prazeres.

O secret�rio executivo do Mdic, Alessandro Teixeira, destacou que, al�m da crise internacional, a greve dos fiscais da Receita Federal contribuiu para a queda no valor da m�dia di�ria dos embarques no m�s passado, que ficou abaixo do US$ 1 bilh�o (US$ 967,7 milh�es) esperado pelo governo. Ele tamb�m sinalizou que o minist�rio dever� rever a meta de crescimento de 3% nas exporta��es este ano ainda neste m�s. “N�o vamos ter d�ficit, mas o super�vit ser� menor”, afirmou Teixeira. Em 2011, o saldo comercial foi de US$ 29,8 bilh�es.

D�lar fica abaixo de R$ 2

S�o Paulo – Para al�vio dos turistas e tristeza dos empres�rios que vendem produtos para outros pa�ses, no primeiro dia do segundo semestre, o d�lar ontem encerrou o dia valendo menos de R$ 2. Em meio � onda de relativo otimismo com o encaminhamento da crise europeia, a moeda americana caiu 1,04% ontem, cotada a R$ 1,989. Desde 29 de maio o d�lar n�o era cotado abaixo de R$ 2. No ano, o d�lar ainda acumula valoriza��o de 6,4% ante a moeda brasileira. Em 12 meses, a alta chega a 28%.

A queda no valor do d�lar frente ao real pode ser explicada por dois fatores. O primeiro � relacionado com as recentes atua��es do Banco Central (BC) no mercado de c�mbio. Na semana passada, a institui��o fez leil�es no mercado futuro (que equivalem � venda de moeda americana) num total de US$ 9 bilh�es. “Na sexta-feira, o BC nem precisava ter realizado interven��es, pois o acordo dos l�deres europeus se encarregou, sozinho, de diminuir a tens�o no mundo”, argumentou um analista. “Mesmo assim, o BC atuou e isso indicou para os investidores que queria um d�lar mais baixo.” Esse especialista observou que, nas condi��es atuais do mercado brasileiro, em que o fluxo de entrada de d�lares � bem inferior ao dos �ltimos anos, o BC � um ator fundamental para o destino das cota��es. “Antes, quando d�lares inundavam o Brasil, n�o havia muito o que o BC pudesse fazer para interferir na taxa de c�mbio. Hoje � diferente”, afirmou. Outro fator que influenciou na queda da moeda foi o resultado positivo das bolsas no continente europeu.

Na semana passada, por causa das preocupa��es com a crise na Zona do Euro e seus efeitos sobre a economia mundial, os investidores estrangeiros encerraram o preg�o de sexta-feira com posi��o comprada de 114.784 contratos de derivativos cambiais (US$ 5,739 bilh�es). Essa posi��o era 30,67% maior que a registrada na sexta-feira anterior. O aumento foi garantido pela eleva��o de 65% nas apostas na alta do d�lar futuro. E as tens�es na Europa tiveram um certo al�vio, depois das decis�es da reuni�o de c�pula da Uni�o Europeia, em Bruxelas.

Est�mulos

O secret�rio executivo do Minist�rio do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior (Mdic), Alessandro Teixeira, adiantou que o Brasil continuar� buscando tomar medidas para estimular as exporta��es e reverter a queda do primeiro semestre. “Estamos estudando”, afirmou sem dar maiores detalhes do que estar� por vir. Uma das medidas de est�mulo em andamento � a amplia��o de 100 para 200 itens de produtos na lista de exce��es dentro do Mercosul acordada no fim de 2011. Durante o per�odo de consulta com os empres�rios, o Mdic recebeu mais de 300 pleitos e agora o minist�rio est� analisando. “Essa lista dever� ser conclu�da em agosto”, afirmou.


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