A rela��o entre os pre�os do etanol e da gasolina chegou a 66 86% na quarta semana de junho, o menor patamar desde a terceira semana de junho do ano passado, quando estava em 65,70%. Na compara��o entre os dois tipos de combust�veis pela m�dia mensal em junho a rela��o chegou a 68,18%, o menor n�vel desde julho de 2011, quando marcou 68,07%. Os dados s�o da Funda��o Instituto de Pesquisas Econ�micas (Fipe), que divulgou nesta ter�a-feira o �ndice de Pre�os ao Consumidor (IPC) de junho.
O etanol registrou queda de 2,04% nos pre�os em junho na compara��o com maio. De acordo com o coordenador do IPC-Fipe, Rafael Costa Lima, este combust�vel sofre um efeito tardio da entrada da safra no mercado e ainda h� espa�o para novas redu��es. "A queda verificada no m�s ainda � t�mida para o movimento de entrada de safra", afirma.
Segundo Lima, h� uma queda do pre�o internacional do a��car, o que pode levar a um aumento da produ��o do etanol e, consequentemente, a mais recuos no pre�o. No acumulado de 12 meses encerrado em junho, o combust�vel apresenta alta de 4,21%.
Lima tamb�m acredita que cresceram nas �ltimas semanas as chances de um novo aumento no pre�o da gasolina que, desta vez, chegue ao consumidor. Isso aumentaria ainda mais a competitividade do etanol. No �ltimo dia 22, a Petrobras anunciou um reajuste de 7,83% para a gasolina e de 3,94% para o diesel nas refinarias, mas este aumento n�o chegou diretamente ao consumidor porque o Minist�rio da Fazenda compensou a alta com a isen��o da Contribui��o de Interven��o no Dom�nio Econ�mico (Cide) sobre os combust�veis.
Para o coordenador do IPC-Fipe, no entanto, o governo federal se mostra mais "aberto � possibilidade de reajuste" que pode chegar perto dos 15%. "Devemos vivenciar a alta da gasolina alguma vez neste ano", disse Lima, ao afirmar que este � "um bom momento" para o reajuste porque o impacto para o consumidor seria minimizado com a economia nacional em marcha lenta. "Atualmente a infla��o caminha para a meta quase sozinha", explicou.