Com�rcio quer mais regras e concorr�ncia para cart�es

Representantes do varejo brasileiro mostraram nesta ter�a-feira descontentamento com a ind�stria de cart�es de cr�dito e d�bito no Pa�s. Para eles, � preciso ampliar a regulamenta��o do setor e tamb�m a concorr�ncia, na pr�tica, depois que o governo conseguiu extinguir o v�nculo de exclusividade existente entre bandeiras e credenciadores, h� dois anos.

"A regulamenta��o ainda � carente. � preciso estabelecer marcos reguladores mais seguros", disse o advogado da Confedera��o Nacional do Com�rcio de Bens, Servi�os e Turismo (CNC), C�cito Esteves. J� para o presidente da Confedera��o Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Junior, a concentra��o de mercado gera pouca concorr�ncia e alto custo, que � repassado para o consumidor. "Em �ltima inst�ncia, � o consumidor que paga esta conta", considerou.

Os dois representantes do varejo fizeram suas avalia��es durante audi�ncia p�blica na Comiss�o de Desenvolvimento Econ�mico, Ind�stria e Com�rcio da C�mara dos Deputados com a participa��o da Comiss�o de Finan�as e Tributa��o sobre a atua��o do segmento de cart�o de cr�dito no Pa�s.

Pellizzaro Junior salientou que o aumento da concorr�ncia � necess�rio, principalmente entre as bandeiras e os credenciadores, pois houve a entrada de uma s� empresa no mercado desde a quebra da exclusividade. "Temos apenas um a mais do que h� dois anos e com um market share quase inexistente, que � o Santander", comparou. "H� barreiras que n�o foram ultrapassadas pelo mercado."

O presidente da CNDL aproveitou a audi�ncia para argumentar que h� uma distor��o no setor de cart�es de d�bito brasileiro. "Aqui se cobra taxa por opera��o e em quase todos os outros pa�ses se cobra tarifa, que � fixa. O custo de uma transa��o de R$ 100,00 ou de R$ 1 milh�o � o mesmo", alegou. "Isso � uma distor��o grave e que deve ser corrigida", disse.