Argentina e Brasil come�aram a destravar o com�rcio bilateral de produtos chamados sens�veis: carros, azeitonas, azeite de oliva, e outros alimentos argentinos; e as carnes su�na e de frango e outros itens brasileiros, segundo informa��es de despachantes da aduana, da ind�stria e de autoridades locais � Ag�ncia Estado. "As Declara��es Juramentadas Antecipadas de Importa��o (DJAI) come�aram a ser autorizadas para a entrada de su�nos e derivados processados de frango do Brasil", disse um dos despachantes ouvidos.
"O que foi negociado com a secret�ria Tatiana Prazeres, de Com�rcio Exterior do MDIC est� sendo cumprido e estamos muito satisfeitos", disse ele. Fonte da ind�stria automobil�stica revelou � AE que "praticamente todos os carros que estavam parados na fronteira foram liberados pelo Brasil". "Est�o destravando e n�o poderia ser diferente, porque somos o principal mercado de exporta��o de carros um do outro. A ind�stria est� integrada e os dois pa�ses sempre ter�o que chegar a um acordo", afirmou o executivo de uma das montadoras instaladas na Argentina.
A fonte informou que a Anfavea e sua equivalente argentina, a Adefa, v�o se reunir nos pr�ximos dias 26 e 27 de julho para elaborar uma proposta do setor que ser� entregue aos seus respectivos governos. Na �ltima sexta-feira, o ministro de Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior, Fernando Pimentel, anunciou que, em meados de julho, os dois governos v�o iniciar as conversas sobre um regime comum para o setor automotivo, com base no programa brasileiro, que entrar� em vigor em janeiro de 2013.
Autope�as
"As ind�strias operam de maneira integrada e ser� dif�cil mudar isso. Nesse sentido, v�o discutir e apresentar uma proposta que se enquadre aos interesses do governo e do setor", afirmou a fonte. Um dos maiores interesses da Argentina no setor � o de equilibrar o com�rcio de autope�as, principal respons�vel pelo d�ficit comercial bilateral. No ano passado, a Argentina teve um d�ficit de US$ 6,9 bilh�es com autope�as, segundo dados do Minist�rio de Ind�stria argentino. O pa�s quer que o novo acordo automotriz seja um verdadeiro "toma l� d� c�", como o que come�ou a ser concretizado nesta semana, com os alimentos.
As barreiras argentinas ao com�rcio em geral e as repres�lias brasileiras, somadas aos reflexos do contexto internacional acirrado, provocaram uma queda anual de 32% do com�rcio bilateral em junho. O d�ficit argentino com o Brasil foi de apenas US$ 262 milh�es, 46,6% menor ao verificado em igual m�s de 2011, segundo an�lise da consultoria Abeceb. No acumulado do primeiro semestre, o d�ficit da Argentina � de US$ 1,474 bilh�o, bem abaixo do verificado em igual per�odo de 2011, de US$ 2,447 bilh�es. "Esta queda no com�rcio bilateral n�o se registrava desde 2009", alertou a consultoria.
A consultoria destacou que, em consequ�ncia da contra��o de suas exporta��es ao mercado brasileiro, a Argentina passou do terceiro ao quarto lugar no ranking dos principais fornecedores do Brasil e foi substitu�da pela Alemanha: EUA (US$ 2,734 bilh�es); China (US$ 2,650 bilh�es); Alemanha (US$ 1,110 bilh�o) e Argentina (US$ 1,049 bilh�o). Na m�o contr�ria, a Argentina se manteve como terceiro comprador dos produtos brasileiros, atr�s da China (US$ 3,945 bilh�es) e EUA (US$ 2,009 bilh�es).