O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quarta-feira durante o Semin�rio Econ�mico Fiesp-Lide, em S�o Paulo, que a estrat�gia de crescimento em um cen�rio de crise � diferente de uma estrat�gia dentro de um cen�rio sem crise. Ele fez esta afirma��o depois de ouvir queixas de empres�rios e economistas associados ao Grupo de L�deres Empresariais (Lide). Entre os queixosos, falaram o presidente da Federa��o das Ind�strias do Estado de S�o Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, e o economista e presidente do Lide, Paulo Rabello de Castro, que defenderam medidas para a retomada do crescimento.
Mantega fez quest�o de dizer para os empres�rios que os pa�ses em crise na Europa tomaram medidas que aliviam os problemas do setor banc�rio, mas que n�o resolveram os grandes problemas. "Vamos continuar com um quadro de baixo crescimento e a alta da taxa de desemprego na Europa", disse Mantega. Isso, segundo o ministro, tem afetado as economias emergentes e citou al�m da �ndia, o pr�prio Brasil como economias que est�o passando por desacelera��o.
"� uma crise que come�ou diferente da de 2008, mas est� gerando os mesmos efeitos delet�rios", disse o ministro. Apesar disso, Mantega disse que o Brasil est� mais preparado para enfrent�-la do que estava para enfrentar a crise de 2008.
Al�m do maior valor das reservas internacionais, ele lembrou que o governo brasileiro promoveu algumas mudan�as de condu��o da pol�tica econ�mica. Entre elas, Mantega mencionou a redu��o da taxa b�sica de juros (Selic), que est� em seu menor patamar hist�rico, a redu��o da taxa de juro real e a redu��o dos spreads banc�rios.
"Estamos com uma pol�tica monet�ria mais eficiente que opera o controle da infla��o com juros cada vez menores e com redu��es do spread. Estamos com pol�tica cambial mais ativa e que faz o real mais competitivo para a ind�stria", disse o ministro.