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Estado de Minas

Empres�rios pedem regime de tributa��o diferenciado com queda nas exporta��es

Ind�stria t�xtil e de vestu�rio pedem salvaguarda para aliviar confec��es


postado em 06/07/2012 06:00 / atualizado em 06/07/2012 07:49

Sufocada pela concorr�ncia predat�ria dos importados, a ind�stria t�xtil e de vestu�rio est� desenvolvendo pedido de regime de tributa��o diferenciado para o governo federal, al�m de salvaguarda para o setor de confec��es, segundo informa��es do presidente da Associa��o Brasileira da Ind�stria T�xtil e de Confec��o (Abit), Aguinaldo Diniz. Beneficiada por medidas de desonera��o da folha de pagamentos e aumento da margem de prefer�ncia – o governo poder� pagar at� 20% mais nas licita��es para a compra de produtos dos setores de confec��es, cal�ados e artefatos –, a ind�stria continua amargando resultados ruins.

As confecções de Minas estão sofrendo com a concorrência asiática(foto: EULER JUNIOR/EM/D.A PRESS - 13/4/11)
As confec��es de Minas est�o sofrendo com a concorr�ncia asi�tica (foto: EULER JUNIOR/EM/D.A PRESS - 13/4/11)

No primeiro semestre do ano, as importa��es no setor t�xtil subiram 9,9% em rela��o ao mesmo per�odo de 2011 (de US$ 3 bilh�es para US$ 3,2 bilh�es), enquanto as exporta��es desabaram 13,5%, fechando em US$ 611 milh�es. No vestu�rio o cen�rio � ainda mais preocupante, com importa��es crescendo 39% e exporta��es em retra��o de 17%, totalizando US$ 71 milh�es, contra US$ 84,6 milh�es nos primeiros seis meses do ano passado. Somente em junho, a queda foi de 43% em rela��o a junho de 2011. “Temos discutido t�picos com o governo federal e os contatos t�m sido produtivos”, observa Diniz.

A retra��o na produ��o verificada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) foi de 7,5% na ind�stria t�xtil e de 12,8% na de vestu�rio, somente no primeiro semestre. Segundo Michel Aburachid presidente do Sindicato das Ind�strias do Vestu�rio de Minas Gerais (Sindivest-MG), at� maio deste ano o faturamento do setor j� era 6% inferior ao registrado no mesmo per�odo do ano passado. “O importado hoje j� chega a representar 35% do mercado de vestu�rio.”

Para Diniz, a implanta��o de salvaguarda para a ind�stria da confec��o trar� um grande alento ao mercado. “Se provarmos que est� havendo danos para a ind�stria local, pode ser limitada a quantidade destes produtos que entram no Brasil durante dois a cinco anos”, explica “Protegendo a ind�stria do vestu�rio, a t�xtil ser� automaticamente beneficiada”, acrescenta.

Redu��o Os efeitos j� est�o sendo sentidos no mercado de trabalho. Na �ltima ter�a-feira, a Companhia Industrial Cataguases, na Zona da Mata mineira, reduziu em 10% o quadro de funcion�rios, com a demiss�o de 153 pessoas. “A necessidade de cortar despesas, baixar estoque e ajustar a produ��o em fun��o da retra��o no mercado e da concorr�ncia de produtos importados motivou a decis�o”, explica o diretor presidente da empresa, Jos� In�cio Peixoto Neto.

Adelmo P�rcope Gon�alves, presidente do Sindicato das Ind�strias de Fia��o e Tecelagem no Estado de Minas Gerais, reconhece que o setor de camisaria, hoje o principal mercado da Cataguases, est� entre os mais afetados pela concorr�ncia. “Esse � um dos segmentos mais atingidos na linha de algod�o. Sint�ticos tamb�m sofrem bastante”, acrescenta. No primeiro semestre do ano, o saldo de vagas no setor � de 663 postos de trabalho, contra 2.060 no mesmo per�odo de 2011, queda de quase 70%.

 

Queda de produ��o e emprego

 

Bras�lia - Dados sobre a ind�stria brasileira, divulgados ontem, mostram que o setor deve ter fechado o segundo trimestre com indicadores de produ��o e emprego abaixo dos verificados nos tr�s primeiros meses do ano. O uso da capacidade do setor caiu pelo quarto m�s consecutivo em maio e chegou ao menor n�vel desde setembro de 2009 (80,7%), de acordo com a Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI).

Al�m de produzir abaixo da capacidade, a ind�stria registrou queda no n�vel de emprego e nas horas trabalhadas, em rela��o ao mesmo per�odo de 2011, pelo segundo m�s seguido. O indicador de horas � o que aponta maior queda, pois muitos empres�rios optam por f�rias coletivas e turnos menores para n�o demitir, diz a CNI. Entre os indicadores industriais, apenas o faturamento mostra recupera��o em rela��o ao ano passado. Isso ocorre porque os incentivos ao consumo contribu�ram para elevar as vendas. A produ��o, no entanto, n�o reage, pois os estoques continuam elevados.

Em rela��o a abril, todos os indicadores recuaram, exceto o emprego, que ficou est�vel. Os dados confirmam os n�meros do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) divulgados nesta semana, que indicaram maior retra��o da ind�stria. 


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