O feriado da pr�xima segunda-feira em S�o Paulo e a sequ�ncia de cinco altas consecutivas j� eram bons motivos para a Bovespa engatar uma sess�o de realiza��o de lucros nesta sexta-feira. E a cria��o de menos postos de trabalho que o esperado nos EUA, com respectiva manuten��o da taxa de desemprego, fortalece essa possibilidade. Pouco depois das 10h, o Ibovespa ca�a 0,82%, j� abaixo dos 56 mil pontos, na m�nima.
Os EUA criaram 20 mil vagas de emprego a menos que o esperado em junho, totalizando 80 mil novos postos de trabalho. Com isso, a taxa de desemprego permaneceu est�vel em 8,2%, conforme o previsto. O relat�rio oficial, conhecido como payroll, revisou a abertura de vagas em maio, para +77 mil, de 69 mil inicialmente. Imediatamente ap�s os n�meros, os �ndices futuros das Bolsas em Nova York acentuaram a queda, movimento repetido na Europa e tamb�m pelo �ndice Bovespa futuro.
Para o s�cio da �rama Investimentos, �lvaro Bandeira, depois de subir desde a �ltima sexta-feira, a Bolsa encara hoje o desafio de manter essa trajet�ria ascendente diante de mercados financeiros mais fracos e investidores mais preocupados com o crescimento econ�mico global. "Ser� que vamos para o sexto preg�o de alta?", indaga, em relat�rio publicado nesta manh�.
Para ele, esse ciclo deve ser interrompido, diante do sinal negativo que prevalece no exterior. "De qualquer forma n�o � t�o ruim assim", pondera Bandeira, j� que a Bolsa deve registrar valoriza��o nesta primeira semana de julho, ap�s tr�s quedas semanais consecutivas.
O fato � que os investidores seguem preocupados com a perspectiva econ�mica global, ap�s as a��es de ontem de alguns bancos centrais, mas t�m d�vidas quanto a novas medidas por parte do Federal Reserve, mesmo ap�s o dado ruim de emprego nos EUA. O IPCA mais suave em junho tamb�m n�o modifica, ainda, as apostas para os rumos da Selic no Brasil.
A pr�pria diretora-gerente do Fundo Monet�rio Internacional (FMI), Christine Lagarde, j� avisou que o Fundo vai revisar, ainda neste m�s, a perspectiva de expans�o no mundo, j� que a desacelera��o da atividade ficou "mais preocupante".
Por sua vez, a infla��o saiu da foco de aten��o. O �ndice oficial de pre�os no Pa�s perdeu for�a em junho, diante da alta de 0,08% do IPCA, de 0,36% em maio. O resultado do m�s passado � o menor desde agosto de 2010, mas, por enquanto, n�o altera as chances de a taxa b�sica de juros encerrar 2012 em 7,5%.
Ao mesmo tempo, o dado de hoje amplia a possibilidade de o ciclo de afrouxo monet�rio ir al�m de agosto. No acumulado dos �ltimos 12 meses at� junho, o IPCA se aproxima cada vez mais do centro da meta de infla��o, de 4,5%, e est� em 4,92%.