Madri – O primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, anunciou ontem novas medidas de ajuste destinadas a reativar a economia do pa�s, que incluem uma reforma da administra��o e um aumento dos impostos. No total, essas medidas representam um choque de austeridade na economia equivalente a 6,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em menos de tr�s anos. O novo pacote de medidas de ajuste exigido por Bruxelas representa, incluindo novos cortes e arrecada��o, 65 bilh�es de euros (US$ 81,25 bilh�es) at� o fim de 2014, segundo anunciou Rajoy, durante sess�o no Parlamento, em Madri.
Depois de ter aprovado um or�amento austero para 2012, a Espanha deve intensificar os esfor�os e ter� que aplicar "medidas adicionais", destacou Rajoy aos deputados, depois que o governo obteve de Bruxelas uma suaviza��o da meta de redu��o do d�ficit. A principal medida ser� o aumento do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que passar� de 18% a 21%. A medida era rejeitada pelo governo, mas foi exigida pela Comiss�o Europeia e pelo Fundo Monet�rio Internacional (FMI).
O IVA reduzido para alguns produtos subir� de 8% a 10%, informou o premi� espanhol, mas o imposto permanecer� em 4% para produtos de primeira necessidade, que incluem alimentos b�sicos. Rajoy tamb�m anunciou uma reforma da administra��o que deve permitir uma economia de 3,5 bilh�es de euros. A reforma prev� a redu��o do n�mero de empresas p�blicas e uma diminui��o de 30% do n�mero de vereadores.
Entre as outras medidas anunciadas, os funcion�rios p�blicos n�o receber�o pagamento extra no Natal neste ano. Ap�s frisar que os sal�rios dos empregados p�blicos s�o uma das maiores verbas do or�amento, Rajoy disse que outras medidas ser�o realizadas. Entre elas, o n�mero de dias livres dos funcion�rios ser� reduzido. Em rela��o � suspens�o do pagamento do Natal, o primeiro-ministro explicou que � necess�rio, "excepcionalmente e dadas as circunst�ncias da economia".
A Espanha, que det�m a maior taxa de desemprego na Zona do Euro (25,3%), amargou dois anos de recess�o entre 2009 e 2010, teve uma recupera��o modesta em 2011 (alta de 0,7% do PIB) e deve enfrentar nova recess�o neste ano e no pr�ximo – a Organiza��o para Coopera��o e Desenvolvimento Econ�mico (OCDE) prev� uma contra��o de 1,6% para 2012 e de 0,8% para 2013.