A ag�ncia de avalia��o financeira Moody's reduziu nesta quinta-feira, em dois degraus, a nota da d�vida da It�lia, de A3 para Baa2, e manteve a perspectiva negativa devido � situa��o na zona do euro, especialmente na Espanha e na Gr�cia.
"A It�lia tem mais risco de sofrer uma alta brutal de seus custos de financiamento do que ter melhor acesso aos mercados financeiros (...) diante da confian�a cada vez mais fr�gil dos mercados e do risco de cont�gio provenientes de Gr�cia e Espanha", assinalou a Moody's.
"O risco da sa�da da Gr�cia da zona do euro aumentou e o sistema banc�rio espanhol suportar� mais perdas que as esperadas", destacou a ag�ncia, acrescentando que as perspectivas econ�micas a curto prazo para a It�lia se "deterioram".
Segundo a Moody's, a It�lia poder� registrar um crescimento "fraco" e "um desemprego mais elevado", impedindo seus objetivos de redu��o do d�ficit e aumentando o risco de que o pa�s "n�o possa se financiar nos mercados".
A It�lia, que entrou oficialmente em recess�o no final de 2011, sofreu no primeiro trimestre deste ano uma nova contra��o de seu PIB, de 0,8%, com sua economia submetida sistematicamente desde 2010 a planos de austeridade para tranquilizar os mercados.
Na ter�a-feira, o primeiro-ministro italiano, Mario Monti, admitiu pela primeira vez a possibilidade de seu governo recorrer aos fundos de resgate da zona do euro para suportar a disparada dos juros que paga por suas emiss�es da d�vida soberana, que caminham para 6%.
Segundo a Moody's, recorrer ao Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) ou ao Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEDE) teria apenas efeitos limitados.
"Diante do tamanho da economia italiana e do tamanho da carga da d�vida, a prote��o que estes mecanismos poder�o oferecer ser� limitada".
"Uma aplica��o bem sucedida das reformas econ�micas na It�lia (...) poder� recolocar o pa�s sob uma perspectiva est�vel", destaca a ag�ncia de classifica��o de risco.
Na ter�a-feira, o Fundo Monet�rio Internacional (FMI) considerou em sua an�lise anual que a economia italiana "come�ar� a reagir no in�cio de 2013", mas o pa�s "seguir� atr�s em rela��o ao restante da regi�o" e sob risco de cont�gio da crise na zona do euro.