A onda de demiss�es na Gol reacendeu o temor de o Pa�s ver uma nova leva de pilotos migrar para o exterior em busca de emprego, num movimento semelhante ao que aconteceu ap�s a paralisa��o das opera��es da Varig em 2006. Atentas � mudan�a de cen�rio, empresas internacionais de recrutamento e companhias a�reas estrangeiras come�am uma corrida para tentar captar os profissionais desempregados hoje no mercado brasileiro.
Com a perspectiva de um novo impulso no fluxo de pilotos expatriados, o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) j� receia uma volta da situa��o vivida at� o ano passado, quando a escassez de pilotos assombrava companhias a�reas nacionais. "Assim que o mercado brasileiro (de avia��o civil) voltar a crescer, vamos ter falta de pilotos novamente", disse o secret�rio-geral da entidade, S�rgio Dias.
A not�cia de que a Gol demitiria 2.500 pessoas este ano - incluindo pilotos, comiss�rios e outros profissionais - chegou r�pido a Dublin, na Irlanda, onde est�o os escrit�rios da empresa de recrutamento Direct Personnel. Ao tomar conhecimento das dispensas pela a�rea brasileira, a companhia entrou em contato com o sindicato e come�ou a procurar os pilotos desempregados para tentar lev�-los para companhias a�reas estrangeiras.
A busca por uma posi��o no exterior pode ajudar os pilotos dispensados a encontrar mais rapidamente uma vaga, num momento em que a situa��o � mais adversa do que a de 2006. Na �poca, companhias como TAM e Gol estavam em franca expans�o e absorveram parte dos profissionais que ficaram sem trabalho com o fim da Varig. Hoje, depois de um ano marcado por um preju�zo conjunto de mais de R$ 1 bilh�o, as duas empresas enxugam suas opera��es.
Os pilotos nacionais t�m sido disputados principalmente por a�reas da �sia, continente em que a avia��o civil vem se desenvolvendo fortemente nos �ltimos anos e que n�o tinha um contingente significativo de pilotos. Mas outras regi�es, como �frica e Europa, tamb�m t�m oferecido vagas.