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Estado de Minas

Indica��o de executivo da Gol para a Presid�ncia da CVM � mal recebida


postado em 18/07/2012 06:00 / atualizado em 18/07/2012 07:54

O nome de Leonardo Porci�ncula Gomes Pereira para a Presid�ncia da Comiss�o de Valores Mobili�rios (CVM), �rg�o regulador do mercado de capitais, causou um rebuli�o e suscitou opini�es inflamadas contra e a favor da indica��o, feita pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Surpreendeu o comunicado do pr�prio ministro Mantega, com a indica��o formal, em substitui��o a Maria Helena Santana, que deixou o cargo em 14 de julho. Al�m de a lista dos nomes at� ent�o cogitados n�o ter feito sequer uma men��o a ele, Pereira, atual vice-presidente de finan�as e diretor de rela��es com investidores da empresa a�rea Gol, respondeu um processo justamente na autarquia que, agora, vai presidir.

Chama a aten��o o fato de o executivo ter se tornado o preferido da ex-presidente da CVM e do principal integrante da equipe econ�mica da presidente Dilma Rousseff apenas 15 dias ap�s pagar R$ 200 mil de multa por n�o ter publicado Fato Relevante em 28 de julho do ano passado, em raz�o da revis�o das proje��es do exerc�cio de 2011da companhia a�rea, de acordo com documento da CVM. Fontes do Minist�rio da Fazenda minimizaram as contesta��es. Disseram que ele n�o est� mais sendo processado e que foi uma quest�o puramente burocr�tica, j� resolvida.

T�cnicos do Minist�rio, entretanto, ficaram constrangidos com a escolha de Mantega e de Maria Helena. Analistas de mercado disseram que n�o pega bem convidar um executivo que foi recentemente processado pelo �rg�o regulador do mercado, contou um analista. Por�m, embora Pereira n�o seja especialista na �rea jur�dica, como sua antecessora, “� conhecido e tem respaldo no ambiente financeiro“, contou um desses analistas.

Com a BM&F Bovespa se preparando para a concorr�ncia de uma nova bolsa, com os programas de relacionamento, e pela necessidade de regulamenta��o mais adequada, era preciso uma pessoa com tr�nsito grande em corretoras, distribuidoras, gestoras, fundos de investimento e no Congresso. Enfim, “algu�m que tivesse o apoio pol�tico de um ministro forte como Mantega”, avaliou um t�cnico do minist�rio. Um outro economista, que tamb�m prefere n�o se identificar, destacou que a indica��o de Pereira para a CVM foi um ato “no m�nimo complicado” do governo.

Costas largas

Se o Senado fechar os olhos, � poss�vel que o novo presidente da CVM n�o suporte a cobran�a da sociedade. Analistas lembram o caso do ex-diretor de Pol�tica Monet�ria do Banco Central, Luiz Augusto Candiota. Ele pediu demiss�o do cargo, pouco mais de um ano depois de assumir a fun��o, por suspeita, divulgada por ve�culo de grande circula��o de que estaria sendo investigado por sonega��o fiscal, evas�o de divisas e omiss�o fiscal.

“N�o aguentou e pediu para sair. Leonardo Pereira vai precisar mais que costas quentes, precisar� de costas largas. O curr�culo dele, por exemplo, s� tem atua��o interessante: trabalhou em um Citi (Citibank) problem�tico, na Globopar partida e na Net vendida. A Gol tamb�m j� n�o � a mesma do passado”, ironizou um economista, referindo-se � indica��o do ministro Mantega, que contrariou as expectativas de que fosse mantido o diretor da CVM, Otavio Yazbek, presidente interino.


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