O d�lar � vista no balc�o encerrou a quarta-feira com queda de 0,15%, cotado a R$ 2,0240. O decl�nio do d�lar ante o real ocorreu de forma concomitante ao avan�o dos �ndices acion�rios globais e esteve alinhando ao movimento da moeda norte-americana ante divisas de elevada correla��o com os pre�os das commodities. A melhora de humor no exterior, com o setor de tecnologia impulsionando as bolsas nos Estados Unidos, e as observa��es do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, reiterando a possibilidade de est�mulos adicionais � economia norte-americana contribu�ram para o recuo do d�lar.
"Com a percep��o de que os EUA est�o prontos para agir, se necess�rio, o d�lar n�o aguentou, ficando de lado e at� mesmo recuando ante o real", disse um operador. "A percep��o � de que mais est�mulos tamb�m significam mais d�lares vindo para o Brasil. Os investidores precisam de alternativas. Na Europa, por exemplo, a op��o se resume � Alemanha", citou.
No balc�o, o d�lar oscilou entre a m�nima de R$ 2,0170 (-0,49%) e a m�xima de R$ 2,0290 (+0,10%). Para o fechamento, o decl�nio perdeu f�lego diante da percep��o dos agentes financeiros de que o governo est� inclinado a manter a moeda oscilando em um intervalo estreito. Na BM&F, a moeda spot fechou em R$ 2,0260, com leve alta de 0,05% (dado preliminar). O giro financeiro total somava US$ 2,171 bilh�es (US$ 1,914 bilh�o em D+2) perto das 16h30. H� pouco, o d�lar para agosto de 2012 estava em R$ 2,026 (+0,05%).
No exterior, a perspectiva relacionada a um novo relaxamento quantitativo pelo Fed tamb�m contribuiu para que o d�lar australiano registrasse o n�vel mais alto em 11 semanas ante o d�lar norte-americano nesta quarta-feira, com os investidores buscando uma taxa de retorno mais elevada quando comparada ao euro, por exemplo, e ao d�lar.
Vale notar que, em oposi��o � trajet�ria ante in�meras divisas, o d�lar mostrou avan�o em grande parte do dia ante o euro. Um estrategista do UBS observa que a queda do euro foi ampla e puxada por declara��es de autoridades, como a afirma��o da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, de que o "projeto (euro) ainda n�o foi constru�do at� um ponto em que possamos ter certeza de que tudo vai dar certo no final". "Os investidores precisavam de poucas desculpas para continuar vendendo euros", disse o profissional. Operadores no exterior avaliam que o recuo do euro ante o d�lar tamb�m afetou o n�vel da rupia ante a moeda norte-americana. A moeda indiana bateu o menor n�vel em uma semana ante o d�lar nesta quarta-feira.
Entre os dados divulgados no Pa�s, o BC informou que o fluxo cambial ficou negativo em US$ 212 milh�es em julho at� o dia 13, fazendo com que o acumulado de julho, que era positivo, passasse a registrar sa�da l�quida. A sa�da de d�lares ocorreu pela via comercial. O fluxo financeiro ficou positivo (US$ 798 milh�es) e o comercial foi negativo (US$ 1,010 bilh�o) em julho at� o dia 13. Analistas enfatizaram que o n�mero negativo na via comercial parece acompanhar a perspectiva nebulosa para a economia global e para a demanda externa consumidora.