A infla��o agropecu�ria ganhou for�a no atacado. Os pre�os dos produtos agr�colas no atacado subiram 2,35% na segunda pr�via do IGP-M deste m�s, em compara��o com a alta de 0,26% apurada na segunda pr�via do mesmo �ndice em junho. A informa��o foi divulgada nesta quinta-feira pela Funda��o Get�lio Vargas (FGV).
Os pre�os dos produtos industriais no atacado, por sua vez, tiveram aumento de 1,13% na leitura anunciada hoje, em compara��o com a alta de 0,80% na segunda pr�via do m�s passado.
No �mbito do �ndice de Pre�os por Atacado segundo Est�gios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmiss�o de pre�os ao longo da cadeia produtiva, os pre�os dos bens finais subiram 1,03% na segunda pr�via de julho, ap�s terem aumentado 0 10% na segunda pr�via de junho.
J� os pre�os dos bens intermedi�rios apresentaram aumento de 1 45% na leitura divulgada hoje, em compara��o com a eleva��o de 1 15% na segunda leitura do m�s passado. Os pre�os das mat�rias-primas brutas tiveram taxa positiva de 1,93% na segunda pr�via de julho, em compara��o com a alta de 0,63% na segunda pr�via de junho.
Consumidor
Com rela��o ao varejo, os aumentos dos alimentos e a redu��o na defla��o dos transportes puxaram a taxa do �ndice de Pre�os ao Consumidor (IPC-M) na segunda pr�via do IGP-M de julho. O IPC-M subiu 0,23% no segundo dec�ndio deste m�s, ap�s ter registrado varia��o de 0,14% no mesmo per�odo de junho.
A taxa do grupo Alimenta��o passou de 0,55% para 0,88%, enquanto a do grupo Transportes saiu de um recuo de 0,80% para uma queda de 0,46%. Os destaques foram os itens hortali�as e legumes (de 6 83% para 10,96%) e autom�vel novo (de -3,88% para -1,51%).
Houve ainda aumento de pre�os nos grupos Habita��o (de 0,11% na segunda pr�via de junho para 0,23% na segunda pr�via de julho), Educa��o, Leitura e Recrea��o (de -0,16% para 0,18%) e Comunica��o (de -0,02% para 0,10%), com destaque para os itens eletrodom�sticos e equipamentos (de -1,12% para -0,14%), passeios e f�rias (de -1,69% para -0,10%) e tarifa de telefone residencial (de -0,14% para 0,32%).
Na dire��o oposta, tiveram redu��o nas taxas os grupos Vestu�rio (de 0,51% para -0,29%), Despesas Diversas (de 1,80% para 0,29%) e Sa�de e Cuidados Pessoais (de 0,53% para 0,36%), tendo como principais contribui��es os itens roupas (de 0,44% para -0,42%), cigarros (de 4,02% para -0,45%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,57% para -0,13%).
Constru��o
As despesas com m�o de obra na constru��o subiram menos, o que levou � desacelera��o do �ndice Nacional de Custo da Constru��o (INCC-M) na segunda pr�via de julho, para uma taxa de 0,91%, ap�s ter registrado alta de 1,58% na segunda pr�via de junho.
O �ndice relativo ao custo da m�o de obra subiu 1,26% no segundo dec�ndio deste m�s, contra um aumento de 2,81% na mesma leitura do m�s passado. J� o �ndice relativo a materiais, equipamentos e servi�os teve varia��o de 0,54%, ap�s registrar aumento de 0 31%.
Ficaram mais caros na segunda pr�via de julho ajudante especializado (1,24%), vergalh�es e arames de a�o ao carbono (3 77%), servente (1,36%), engenheiro (1,49%) e carpinteiro de esquadria e telhado (1,17%).
Por outro lado, ficaram mais baratos condutores el�tricos (-0 62%), produtos de fibrocimento (-0,84%), cimento portland comum (-0,13%), argamassa (-0,09%) e tubos e conex�es de ferro e a�o (-0,08%).
Produtor
O aumento da soja e o reajuste dos combust�veis foram os principais respons�veis pela acelera��o na infla��o no atacado na segunda pr�via do �ndice Geral de Pre�os - Mercado (IGP-M) de julho. O �ndice de Pre�os ao Produtor Amplo (IPA-M) passou de 0 65% na segunda pr�via de junho para 1,45% na segunda pr�via de julho.
No mesmo per�odo, a soja em gr�o saltou de 2,64% para 11,04%, enquanto o farelo de soja passou de 8,40% para 14,41%. O mesmo movimento ocorreu com os combust�veis: a gasolina passou da estabilidade (0,00%) para 7,83%, enquanto o �leo diesel saiu tamb�m de varia��o zero para 3,94%.
A acelera��o na taxa dos bens finais, que avan�ou de 0,10% para 1,03% no per�odo, teve como maior contribui��o o subgrupo combust�veis (de -0,23% para 5,15%). A taxa do grupo bens intermedi�rios, que passou de 1,15% para 1,45%, tamb�m teve como destaque o subgrupo combust�veis e lubrificantes para a produ��o (de 0,41% para 2,48%).
No �ndice relativo �s mat�rias-primas brutas, que passou de 0 63% para 1,93%, a soja em gr�o figurou entre os itens que mais contribu�ram para a acelera��o da taxa. Houve influ�ncia ainda do milho em gr�o (de -3,98% para 1,55%) e de bovinos (de -0,76% para -0,03%).