O notici�rio corporativo entra em cena e relega as preocupa��es com a crise das d�vidas soberanas na zona do euro, dando ritmo aos mercados internacionais na manh� desta quinta-feira, o que deve embalar a Bovespa. Desde que o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, n�o descartou a possibilidade de adotar medidas adicionais de est�mulo econ�mico, o investidor tem se mostrado mais animado para tomar risco. Por volta das 10h05, o Ibovespa subia 0,22%, aos 54.705,83 pontos.
No mesmo hor�rio, no exterior, o futuro do S&P 500 subia 0,36% e as principais bolsas europeias exibiam ganhos ao redor de 1%, com os mercados acion�rios motivados pela safra de balan�os, que apresentou resultados financeiros positivos de companhias pesos pesados.
Nos EUA, foi anunciado um aumento acima do esperado nos pedidos de aux�lio-desemprego feitos na semana at� 14 de julho, na maior alta semanal desde abril de 2011. Os demais indicadores norte-americanos ser�o conhecidos �s 11h: vendas de moradias usadas em junho, �ndice de atividade industrial em julho do Fed de Filad�lfia, �ndice dos indicadores antecedentes em junho.
"Os balan�os movem o exterior e ditam o ritmo dos neg�cios, ofuscando um cen�rio ainda sombrio na Europa", avalia o chefe da mesa de renda vari�vel de uma corretora paulista. Segundo ele, a valoriza��o das bolsas no exterior devem manter a Bolsa dom�stica "leve", diante da perspectiva de uma nova rodada de afrouxamento quantitativa nos EUA (QE3) em setembro, mas n�o tende a motivar uma alta expressiva.
Isso porque as incertezas quanto � situa��o fiscal em v�rios pa�ses europeus persiste. Em documento pr�vio, o fundo de resgate tempor�rio da zona do euro (EFSF) disse que vai separar recursos para comprar b�nus soberanos da Espanha, em uma significativa mudan�a em rela��o aos planos anteriores, que previam apenas ajuda banc�ria da EFSF. Os termos do acordo devem ser discutidos amanh�, em teleconfer�ncia a ser realizada pelo Eurogrupo. Em leil�o de t�tulos realizados hoje, o governo espanhol pagou mais caro para vender quase todos os b�nus colocados, com vencimentos de dois, cinco e sete anos.
E assim como o notici�rio corporativo move o exterior, os neg�cios locais devem ser ditados por not�cias envolvidos diversas empresas brasileiras. A come�ar pelo aumento de 15,1% na produ��o de min�rio de ferro da Vale no segundo trimestre deste ano, em rela��o ao per�odo de tr�s meses imediatamente anterior, quando a produ��o da mineradora foi impactada negativamente pelo forte per�odo de chuvas.
O profissional citado acima, que falou sob a condi��o de n�o ser identificado, lembra que as a��es da mineradora sofreram press�o vendedora no after market de ontem, depois de terem encerrado a sess�o regular sem dire��o �nica. Segundo ele, a press�o vinda da aprova��o da Medida Provis�ria (MP) referente aos "royalties da minera��o" pode ser dilu�da em breve, j� que fontes do setor d�o como certo o veto da presidente Dilma Rousseff ao artigo. "� uma decis�o que vai na contram�o dos incentivos e est�mulos que v�m sendo adotados para reanimar a economia", avalia.
J� as a��es do setor de telefonia devem continuar reagindo em baixa � decis�o de ontem � tarde da Anatel de proibir a venda de novas linhas de telefone celular pelas piores operadoras em cada Estado do Pa�s. TIM, Oi e Claro ser�o afetadas, a partir da pr�xima segunda-feira, em 19, cinco e tr�s unidades da Federa��o.
Petrobras, por sua vez, segue na tentativa de romper a resist�ncia em torno dos R$ 20,00 para cada a��o, digerindo a declara��o do ministro de Minas e Energia, Edison Lob�o, de que dificilmente o porcentual de etanol na gasolina ser� elevado ainda neste ano, j� que a mudan�a depende da oferta do combust�vel derivado da cana-de-a��car. O ministro afirmou que, ainda assim, a estatal petrol�fera segue insistindo na necessidade de aumentar o pre�o da gasolina, j� que o �ltimo reajuste foi aqu�m do que a empresa pedia.
Na ata da �ltima reuni�o do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom), divulgada nesta manh�, o Banco Central manteve a proje��o de reajuste zero para a gasolina e o g�s de botij�o em 2012.
De uma forma geral, o documento - que aponta os t�picos considerados pelo colegiado do Copom para decidir pela redu��o de 0,50 ponto porcentual na taxa b�sica de juros (Selic) para 8,00% ao ano - pontuou que novos cortes na Selic devem ser feitos com "parcim�nia", dados os efeitos cumulativos e defasados das medidas de flexibiliza��o monet�ria j� implementadas. A ata cita ainda que a infla��o sob controle potencializa os efeitos de tais medidas.