Enquanto uma das principais preocupa��es da organiza��o da Copa do Mundo de 2014 refere-se � capacidade de uso dos terminais aeroportu�rios das cidades-sedes, devido � satura��o das principais unidades, uma outra modalidade da avia��o entra na pauta de investimentos: o setor regional. Em Minas, cinco unidades devem ser ampliadas (Divin�polis, Patos de Minas, Po�os de Caldas, Caxambu e Governador Valadares) e outra constru�da (Itajub�) antes de a bola rolar.
Na semana passada, a Secretaria Estadual de Transportes e Obras P�blicas (Setop) encaminhou � Secretaria Extraordin�ria da Copa do Mundo (Secopa) estudo de viabilidade t�cnica para amplia��o dos aeroportos de Divin�polis (Centro-Oeste), Patos de Minas (Alto Parana�ba) e Po�os de Caldas (Sul de Minas). De acordo com o projeto, as unidades devem ser ampliadas para receber aeronaves de grande porte, com capacidade para at� 130 passageiros. Atualmente, as tr�s unidades t�m capacidade para receber aeronaves de at� 50 lugares, tipo ATR-42. Mas, antes de as licita��es serem abertas, o governo estadual espera a defini��o da Fifa de quais cidades mineiras ser�o pr�-selecionadas para abrigar centros de treinamento das sele��es. “Essa regionaliza��o dos voos � importante para atrair o empresariado para o interior”, afirma o secret�rio de Governo de Patos de Minas, Marcos Andr� Alamir, justificando que, no caso de Patos, mesmo tendo cinco voos semanais, muitos passageiros ainda ficam dependentes do aeroporto de Arax�, devido � maior quantidade de op��es. Caso as tr�s n�o sejam inclu�das na lista que ser� divulgada at� o fim do ano, a tend�ncia � que sejam inclu�das na pr�xima etapa do Programa Aeroportu�rio de Minas Gerais (Proaero).
Tamb�m est� na lista de projetos emergenciais a constru��o do aeroporto de Itajub�, no Sul de Minas. Visando atender � demanda do Polo Aeron�utico de Asas Rotativas, que tem como principal eixo a f�brica de helic�pteros da Helibras, a licita��o para constru��o da unidade deve ser lan�ada no primeiro semestre de 2013. O projeto executivo e o estudo de viabilidade econ�mica foram conclu�dos h� dois meses e a expectativa � que o edital seja publicado ainda esse ano.
Al�m dessas quatro unidades, outros dois aeroportos devem ser entregues nos pr�ximos meses. O governo federal destinou recursos para amplia��o das unidades de Governador Valadares (Vale do Rio Doce) e Caxambu (Sul de Minas). Ao custo de R$ 3 milh�es, no primeiro deve ser constru�do o terminal de passageiros, enquanto no segundo devem ser constru�do o terminal e cerca de prote��o para a pista, al�m de espa�o para combate � inc�ndio, sendo necess�rios investir R$ 4,24 milh�es.
Regionaliza��o: a bola da vez
O investimento em avia��o regional segue a tend�ncia do governo federal, que trata o setor como prioridade e prev� ampliar o total de unidades regionais das atuais 129 para 200 at� 2014, garantindo que quase 95% dos brasileiros sejam atendidos por aeroportos. A proposta � investir na amplia��o, moderniza��o ou constru��o de unidades que sejam identificadas como indutores da atividade tur�stica no pa�s.
O diretor de Rela��es Institucionais e de Infraestrutura Aeron�utica da Trip Linhas A�reas, Victor Celestino, classifica como “muito importante” o projeto de amplia��o de aeroportos. “J� atuamos em Patos de Minas. Com essa amplia��o poderemos pensar em ligar a cidade com nossos jatos, suprindo a demanda crescente. J� Po�os de Caldas, Divin�polis e Itajub� s�o importantes polos mineiros, que contando com essa maior mobilidade de transporte, ter�o muito a expandir”, diz ele, reiterando que Paracatu tamb�m � outra rota considerada importante para a companhia e que, assim que a administra��o providenciar a infraestrutura necess�ria – aquisi��o de caminh�o de bombeiros e aparelho de raios-X –, a cidade pode iniciar as opera��es.
CONCORR�NCIA De um lado, companhias a�reas inseridas nos mercados nacional e internacional amargam redu��o na participa��o de mercado num per�odo cr�tico de aumento de custo operacional. Do outro, empresas regionais, mesmo com aumento da fatia de mercado, se unem para conquistar rotas do interior. Enquanto as rivais Tam e Gol perdem espa�o no setor a�reo, Azul e Trip abocanham passageiros com passagens mais acess�veis e rotas diferenciadas e, juntas, sonham em al�ar voos mais altos rumo �s primeiras posi��es do setor.
Balan�o da Ag�ncia Nacional de Avia��o Civil (Anac) mostra que nos cinco primeiros meses do ano Azul e Trip aumentaram sua participa��o no mercado em 39,87% e 71,5%, respectivamente. Em contrapartida, Gol e Tam tiveram redu��o de 2,7% cada (veja arte). Entre outros, por isso, a Gol prev� demitir 2,5 mil funcion�rios at� dezembro. A possibilidade de aumento do n�mero de rotas, com o investimento dos governos federal e estadual em aeroportos regionais, deve manter essa trajet�ria. “A inten��o da Trip � incentivar n�o somente a liga��o do estado com o restante do pa�s, como favorecer conex�es regionais entre os munic�pios mineiros”, diz o diretor de Rela��es Institucionais e de Infraestrutura Aeron�utica da Trip Linhas A�reas, Victor Celestino. (PRF)