Aleppo, a segunda cidade mais populosa da S�ria com 2,5 milh�es de habitantes, que havia se mantido at� ent�o � margem da rebeli�o que come�ou em 2011 contra o presidente Bashar al-Assad, se transformou, nas �ltimas semanas, em um dos principais palcos da guerra civil.
Especializada h� d�cadas em manufaturas t�xteis gra�as � qualidade de seu algod�o, a cidade chegou a ser a segunda mais importante do Imp�rio Otomano, no s�culo XIX, e um importante centro comercial.
Situada na famosa rota da seda e dona de uma rica tradi��o artesanal, Aleppo foi a capital de uma vasta prov�ncia que englobava todo o sul da Anat�lia e as plan�cies do norte s�rio, at� o fim da primeira guerra mundial.
Punida pelo governo de Damasco por causa do apoio dos comerciantes locais � revolta da Irmandade Mu�ulmana (1979-1982), Aleppo sofreu principalmente com o acordo de livre com�rcio assinado com a Turquia em 2005, j� que muitas pequenas empresas quebraram por causa da concorr�ncia turca.
Contudo, os habitantes de Aleppo souberam retomar sua competitividade ao desenvolver os setores de alimentos agr�colas e de produtos farmac�uticos.
"Aleppo estava calma porque � uma cidade industrial e comercial que acabou sendo favorecida pelo regime depois de 10 anos de san��es", disse o ge�grafo Fabrice Balanche, diretor do Grupo de Pesquisas e Estudos sobre o Mediterr�neo e Oriente M�dio, da Fran�a.
Atra�dos por empregos, v�rios jovens da zona rural, especialmente sunitas e muitos curdos, se instalaram em Aleppo e em seus arredores.
O bairro hist�rico da cidade, famoso por suas constru��es que datam do per�odo otomano e da coloniza��o francesa, foi catalogado como Patrim�nio Mundial da Humanidade pela Unesco em 1986.
Os �rabes sunitas representam 65% da popula��o e os curdos, da mesma confiss�o e instalados no norte da cidade, s�o cerca de 20%. Os crist�os correspondem a aproximadamente 10% e a metade deles � arm�nia. O restante se divide entre sir�acos e maronitas.
Chegando como refugiados a Aleppo em 1939 depois que Alexandreta caiu em m�os turcas, os alau�tas s�o aproximadamente 5% da popula��o da cidade, onde, ao contr�rio de Damasco e Homs, n�o se pode falar propriamente de um bairro alau�ta al�m das �reas habitadas por funcion�rios p�blicos em Hamdaniy�.
No cen�rio da atual de guerra civil, os bairros de Aleppo com maioria da popula��o proveniente da zona rural s�o controlados pela oposi��o.