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Estado de Minas

Casa pr�pria pode ser adquirida num clique

Empresas investem no mercado on-line, que j� chega a 38% do volume de im�veis vendidos em algumas construtoras


postado em 25/07/2012 06:00 / atualizado em 25/07/2012 07:35

Assim como o mercado de eletrodom�sticos e livros, o setor imobili�rio tamb�m se rende ao com�rcio eletr�nico. Com o aumento vertiginoso dos atendimentos on-line, cada vez mais vendas de apartamentos e lojas comerciais t�m in�cio na net. Em alguns casos, chega a representar quase 40% do volume total de negocia��es das empresas do ramo. � o caso da construtora MRV, que, em junho, registrou comercializa��o recorde por meio on-line, o equivalente a 38% dos neg�cios. A meta � chegar aos 40%.

Alex Salles, sócio da Ampla Prime: foco e investimento de R$ 30 mil na web(foto: Beto Magalhaes/EM/D.A Press. Brasil)
Alex Salles, s�cio da Ampla Prime: foco e investimento de R$ 30 mil na web (foto: Beto Magalhaes/EM/D.A Press. Brasil)

“Hoje � um dos principais canais de venda da empresa. O atendimento come�a pela internet e depois passa para o pessoal, com o agendamento da visita ao empreendimento e conclus�o do neg�cio”, explica o diretor de marketing e vendas da MRV, Rodrigo Resende. Atualmente, 200 pessoas se dedicam a receber a demanda de cerca de 3 mil clientes que entram diariamente no site e p�gina da empresa no Facebook. Outros 650 corretores em todo o Brasil recepcionam os futuros compradores nas lojas. “S�o 850 pessoas focadas exclusivamente em vender pela internet”, calcula Resende.

Rec�m-chegada a BH, a imobili�ria Ampla Prime reconhece o potencial do com�rcio eletr�nico e investe pesado para atender aos potenciais compradores. “Investimos cerca de R$ 30 mil ao m�s em ferramentas para web”, afirma o s�cio Alex Salles. A inten��o � de que, at� o ano que vem, os atendimentos virtuais sejam respons�veis por 60% das vendas da empresa. “Estamos preparando para ter um andar todo voltado para o e-commerce, com 140 pessoas”, planeja Salles.

O atendimento � ativo. Assim que o consumidor entra no site, a Ampla j� reconhece sua presen�a. “Mandamos ent�o um convite por meio de pop up para que ele converse com um corretor on-line”, explica o s�cio. “Quem entra em um site de im�veis � porque est� interessado”, acrescenta o empres�rio ao justificar o grande potencial de retorno das orienta��es iniciadas virtualmente.

N�o � por acaso que a incorporadora Cyrela alcan�ou, em 2011, 3.283 unidades vendidas por corretores on-line, o equivalente a R$ 1,3 bilh�o ou 20,3% do total de vendas da companhia no ano. “At� mar�o deste ano, hav�amos comercializado R$ 314,4 milh�es, 25% do total vendido no primeiro trimestre, resultado 88,6% superior ao registrado no mesmo per�odo de 2011”, afirma o gerente-geral corporativo de e-Business da Cyrela Brazil Realty, Fernando Moulin. O executivo ainda estima que 40% dos 1.460 corretores da empresa atuem hoje no mercado PontoCom. “Somente em capacita��o e treinamento de corretores nos meios digitais ao longo de 2011, foi cerca de R$1 milh�o”, afirma.

Na Lar Im�veis, o atendimento on-line cresceu 235% nos seis primeiros meses deste ano em rela��o ao mesmo per�odo de 2011. Segundo Arlene Gomes, gerente de marketing da imobili�ria, uma das facilidades do atendimento on-line � a possibilidade de filtrar os im�veis de interesse e selecionar as caracter�sticas que mais se adequam ao perfil, al�m da agilidade de retorno.

Expans�o no Facebook

O Facebook tamb�m se mostra uma ferramenta cada vez mais promissora para o mercado imobili�rio. De olho nisso, a consultoria imobili�ria Lopes lan�ou o Espa�o do Corretor Lopes. Nele, cada profissional ter� o seu pr�prio espa�o para divulga��o dos empreendimentos. Com a nova ferramenta, a empresa espera ades�o de 80% dos 15 mil corretores que possui em sua rede de atendimento.

Muita pol�mica via celular


Entre as diversas estrat�gias adotadas pelas corretoras, incorporadoras e imobili�rias para atrair potenciais clientes, est� o envio de SMS para o celular dos futuros compradores. A pr�tica, cada vez mais comum, gera pol�mica. A discuss�o � em torno da efetividade da a��o e da origem dos dados dos donos dos aparelhos que, muitas vezes, passa pela compra de mailings de empresas especializadas.

Adepta da estrat�gia h� pelo menos dois anos, a MRV garante que utiliza banco de dados pr�prio, criado a partir do cadastro de clientes nos pontos de vendas. A abordagem por meio do celular s� � realizada mediante a pr�via autoriza��o do investidor, o chamado “opt in” ou aceite, realizado no momento em que o quadrinho liberando o envio de mensagens publicit�rias � marcado. “Interagimos periodicamente com essas pessoas, seja com o envio de ofertas e novidades at� informa��es sobre lan�amentos”, explica Rodrigo Resende, diretor de marketing e vendas da construtora. Em todo o Brasil, s�o pelo menos 3 milh�es de clientes nesta lista.
Izaias Gomes diz que ignora torpedos que recebe das construtoras(foto: Beto Magalhaes/EM/D.A Press. Brasil)
Izaias Gomes diz que ignora torpedos que recebe das construtoras (foto: Beto Magalhaes/EM/D.A Press. Brasil)

A construtora mineira informa n�o vender as informa��es que possui no banco de dados, mas a pr�tica � comum no mercado. Especializada em marketing direto, a empresa Direct Marketing, sediada no Paran�, afirma receber informa��es como nome, telefone fixo, e-mail e endere�o dos consumidores, principalmente de companhias telef�nicas, tv por assinatura, revistas, jornais e companhias a�reas. “S�o todos opt in, ou seja, autorizados pelos consumidores”, explica o diretor Rog�rio Kriger .

Segundo o empres�rio, 3 mil contatos de consumidores contendo nome, e-mail e endere�o podem ser comercializados por cerca de R$ 0,30 a unidade, o equivalente a R$ 900. Em S�o Paulo e Paran�, j� h� legisla��o que proteja os consumidores do envio de publicidade indesejada no celular. Basta realizarem o “opt out” no Procon, ou seja, solicitar a exclus�o de seus dados da lista de destinat�rios de torpedos publicit�rios de determinadas empresas.

Maria In�s Dolci, coordenadora institucional da Proteste – Associa��o de Consumidores, reconhece que a ferramenta � utilizada pelo marketing n�o apenas brasileiro, mas em diversos pa�ses. “Mas n�o pode ser abusivo. Quem n�o quer receber, deve ter a op��o de ter o n�mero exclu�do”, observa. Para e-mails, o gerente-geral corporativo de e-Business da Cyrela Brazil Realty, e associado da Associa��o Brasileira de Marketing Direto (Abemd), Fernando Moulin, garante que h� legisla��o que regulamente a pr�tica. Entre as exig�ncias est� a necessidade de todos os correios eletr�nicos disponibilizarem uma op��o de “opt out”, ou retirada do endere�o da lista de envio.

Sem uma legisla��o semelhante para propaganda no celular, os auxiliares administrativos Izaias �ngelo Gomes e Neise Maria da Silva Fr�es reclamam do inconveniente. “Nunca me cadastrei em lugar nenhum e recebo, pelo menos uma vez por semana, mensagens informando sobre lan�amento de im�veis”, conta Neise. Izaias j� recebeu dois torpedos e garante nunca ter se interessado pelo conte�do. 


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