As vendas da ind�stria de m�quinas e equipamentos no Brasil est�o dependendo da importa��o de produtos. Segundo a Associa��o Brasileira da Ind�stria de M�quinas e Equipamentos (Abimaq), em junho, o faturamento do setor caiu 0,5%, em compara��o com maio. Entretanto, em rela��o ao mesmo m�s de 2011, houve crescimento de 3,8%. No ano, o avan�o foi de 2,1%. Ao contr�rio do que parece, os resultados n�o significam que o setor est� mantendo um dinamismo saud�vel. � que o faturamento do segmento tem como base a importa��o e n�o o aumento da produ��o, o que j� rendeu 7.081 demiss�es no p�tio fabril de outubro de 2011 at� agora.
Nos primeiros seis meses do ano, em compara��o com igual per�odo de 2011, os destaques na eleva��o das vendas foram v�lvulas (18%) e m�quinas agr�colas (11,5%). Do lado negativo, chama a aten��o o desempenho de m�quinas para pl�sticos (-69,2%) e de m�quinas t�xteis (-30,4%). “O resultado desse per�odo foi divergente entre os diversos setores que comp�em a ind�stria de m�quinas e equipamentos”, diz a associa��o.
Um dos exemplos mais marcantes da contradi��o � no segmento de m�quinas agr�colas. A eleva��o do faturamento em 18% entre janeiro e junho, frente os seis primeiros meses do ano passado, esconde um aumento de importa��es da ordem de 50,6%. “Estamos vendo m�s a m�s o crescimento da importa��o no nosso setor. As exporta��es registraram queda de 3,4% no primeiro semestre, mesmo com a mudan�a no c�mbio”, afirma Celso Cassale, presidente da C�mara de M�quinas e Implementos Agr�colas da Abimaq. Para ele, essa curva em ascens�o � procupante porque o mercado brasileiro est� deixando de atender a industria nacional de m�quinas e equipamentos. “S�o m�quinas que chegam dos Estados Unidos e da Europa. Isso mostra a perda de competitividade da ind�stria brasileira por causa do custo Brasil.”
O n�vel de capacidade instalada caiu para 76,8% em junho – queda de 6,6% em compara��o com igual m�s do ano anterior. � o sexto resultado negativo do ano. “Esse resultado est� muito abaixo do apurado em 2009, per�odo mais grave da crise financeira global. Com esse n�mero, n�o d� para manter a folha de pagamento. Quando os empregados s�o dispensados, o uso da capacidade instalada aumenta”, explica Jos� Velloso Dias Cardoso, vice-presidente da entidade. Os setores de produ��o mais baixa s�o motos e motobombas, m�quinas para pl�stico e para t�xteis.
A balan�a comercial das ind�strias de m�quinas e equipamentos fechou o primeiro semestre com um d�ficit de US$ 9,2 bilh�es – 5,2% a mais que igual per�odo de 2011. O resultado � fruto de um aumento de 11,6% nas exporta��es, que alcan�aram US$ 5,9 bilh�es de janeiro a junho. Esse desempenho n�o foi suficiente para fazer frente � eleva��o das importa��es, que somaram US$ 15,2 bilh�es, um avan�o de 7,6% sobre o primeiro semestre de 2011.
O consumo aparente de m�quinas e equipamentos atingiu, no fim do m�s passado, R$ 9,458 bilh�es, queda de 8,3% ante maio, aponta a Abimaq. Em rela��o ao mesmo m�s de 2011, houve um crescimento de 7,6%. Nos seis primeiros meses do ano, o consumo aparente totalizou R$ 54,8 bilh�es, uma alta de 9,17% ante igual per�odo do ano anterior.