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Estado de Minas

Operadoras estrangeiras travam fluxo de investimentos para filiais brasileiras

Operadoras estrangeiras enviaram 13 vezes mais dinheiro para fora do que o montante de recursos aplicado no pa�s


postado em 26/07/2012 07:09

Proibidas de ampliar a rede de clientes de telefonia m�vel em praticamente todo o pa�s e diante da crise internacional, operadoras estrangeiras de telecomunica��es travaram o fluxo de investimentos para as filiais brasileiras. Apesar disso, continuaram mandando lucros para casa – elas remeteram para o exterior 13 vezes mais dinheiro do que o montante enviado para suas opera��es no Brasil no in�cio de 2012. A estrat�gia, na avalia��o de especialistas, � garantir a sobreviv�ncia, sobretudo na Europa, o principal foco de instabilidade econ�mica no mundo. Segundo dados do Banco Central (BC), enquanto no primeiro semestre de 2011, o setor de telecomunica��es aplicou US$ 5,9 bilh�es vindos de fora do pa�s, nos seis primeiros meses deste ano foram investidos apenas US$ 41 milh�es, o equivalente a 0,007% do montante observado em igual per�odo de 2011.

Os n�meros do BC mostram ainda que a tend�ncia observada no passado, de investimentos superiores a remessas de lucros para as matrizes, se reverteu. Enquanto quase nenhum investimento estrangeiro chegou para o setor no primeiro semestre, essas firmas enviaram US$ 540 milh�es para casa para refor�ar o caixa. "Se continuar assim, vai ser um ano nulo de IED (Investimento estrangeiro direto) para as telecomunica��es", avaliou Renato Carvalho, analista da gestora de risco Austin Rating. "O setor externo desaquecido em fun��o da crise, deixou os investimentos praticamente zerados", emendou.

Sem essa fonte de dinheiro externo, o Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) tenta salvar a situa��o e dobrou o volume de capital desembolsado para o setor nos cinco primeiros meses do ano: R$ 608 milh�es at� maio, com juros subsidiados, contra R$ 305,8 milh�es registrados em 2011. Para analistas, o governo quer garantir recursos para que as empresas n�o tenham desculpas e apresentem um plano consistente de investimentos para resolver os problemas de sinal e conex�o apresentados por algumas operadoras. "Com os incentivos do governo, h� uma boa perspectiva de expans�o dos investimentos locais no segundo semestre e em 2013", ponderou Carvalho.

Manuel Fernandes, s�cio da consultoria KPMG no Brasil, considera que a situa��o internacional realmente tem impacto sobre esses investimentos vindos de fora, por�m, explica que ao comparar 2011 com 2012, � preciso lembrar que o ano passado foi "excepcional" para o setor. "Ocorreram muitas opera��es, a exemplo da entrada dos espanh�is na Vivo e dos portugueses na Oi/Brasil Telecom N�o esper�vamos que este ano repetisse o mesmo movimento de recursos", argumentou.

SEM SURPRESA Para o Minist�rio das Comunica��es, o baixo volume de recursos estrangeiros no primeiro semestre n�o foi uma surpresa. O �rg�o classificou ainda os n�meros de 2011 como "excepcionais" e decorrentes de "movimentos de reorganiza��o societ�ria". "A flutua��o do IED, por�m, n�o tem afetado o investimento das empresas de telecomunica��es no Brasil", disse o minist�rio por meio de nota. A Claro informou que investe constantemente em a��es de melhoria. "Prova disso � o investimento de mais de R$ 3,5 bilh�es anunciados pela operadora at� o fim de 2012 no pa�s. Considerando todas as empresas do grupo Am�rica M�vil – Claro, Embratel e NET – ser�o R$ 10 bilh�es em investimentos", garantiu o comunicado. A Tim informou que n�o iria comentar o assunto. A Vivo e a Oi foram procuradas pela reportagem, por�m n�o se pronunciaram at� o fechamento da edi��o.


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