O presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, prometeu fazer o que for necess�rio para proteger a zona do euro de um colapso. A ideia, segundo ele, � incluir a��es para reduzir custos de empr�stimos governamentais que j� atingem n�meros recordes. A sinaliza��o de Draghi gerou al�vio nos mercados financeiros.
"Dentro do nosso mandato, o Banco Central Europeu est� pronto para fazer o que for preciso para preservar o euro. E acredite em mim, ser� suficiente", disse Draghi. "� medida que o tamanho do pr�mio soberano [custos de empr�stimo] prejudica o funcionamento dos canais de transmiss�o da pol�tica monet�ria, eles passam a ser de nossa responsabilidade."
Os coment�rios de Draghi s�o os mais audaciosos at� o momento e indicam que o Banco Central Europeu est� pronto para combater a crise da d�vida para defender a It�lia e a Espanha, cujos custos de empr�stimo subiram para n�veis insustent�veis. Nos mercados financeiros, as declara��es de Draghi provocaram um salto no euro.
O �rg�o tem mantido seu programa de compra de t�tulos inativo por meses e a oposi��o interna para reativ�-lo � firme. O foco da crise agora parece ser quais a��es mais o banco pode fazer para acalmar a situa��o. Para economistas, a institui��o pode ser for�ada a comprar t�tulos novamente ou, como alternativa, apoiar pa�ses da zona do euro em dificuldade.
O banco pode atuar como o Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos, e o Banco do Reino Unido, e optar por quantitative easing (programa de compra de ativos) direto – o que, na pr�tica, significa impress�o de dinheiro. Draghi acrescentou que o Banco Central Europeu n�o quer fazer coisas que devem ser feitas por governos.
Draghi se recusou a especular sobre a chance de um pa�s ser retirado da zona do euro. Segundo ele, a constitui��o do bloco � "irrevers�vel". O ministro das Finan�as da Fran�a, Pierre Moscovici, disse que os coment�rios de Draghi s�o "muito positivos".
A avalia��o tamb�m foi positiva por parte dos mercados financeiros. Os principais preg�es europeus encerraram hoje em forte alta, a exemplo de Paris (4,07%), Frankfurt (2,75%), Mil�o (5,62%) e Madri (6,06%).