
Apesar de n�o terem dado as caras nas estradas, at� porque s�o poucos os transportadores que rodam aos s�bados e domingos, os caminhoneiros se reuniram em pelo menos tr�s cidades de Minas para decidir os rumos do movimento: Igarap�, na Regi�o Central, Carm�polis de Minas, no Sul, e Patos de Minas, no Alto Parana�ba. “O encerramento da greve depende de uma palavra do governo federal. � s� sentar com a gente e falar: ‘Isso pode ser feito e isso n�o tem condi��es’”, afirma Carneiro.
Em Igarap�, os representantes dos caminhoneiros se reuniram na manh� de ontem. Depois de quase tr�s horas de discuss�es acaloradas, decidiram que, se o Planalto n�o se manifestar a respeito das reivindica��es da categoria, eles prometem voltar com a paralisa��o na BR-381. De acordo com Carneiro, um advogado do MUBC vai acionar a Justi�a para tentar derrubar a liminar que impede o bloqueio do tr�nsito na Fern�o Dias, entre BH e S�o Paulo. O trecho � administrado pela concession�ria Autopista.
No encontro em Igarap�, estiveram presentes representantes dos munic�pios de Itaguara, Itatiaiu�u, Ita�na, Igarap� e Oliveira. De acordo com Sidney Nascimento, porta-voz do movimento em Igarap�, as entregas de mercadorias continuar�o n�o sendo feitas. “Vamos ficar com a carga em casa e, se o governo n�o se manifestar, voltaremos para a rodovia”, explicou. Ele ainda destacou que, caso a ocupa��o da BR seja feita novamente, a orienta��o para todos os caminhoneiros � que pelo menos uma faixa fique liberada para o fluxo dos ve�culos.
REIVINDICA��ES A categoria estabeleceu v�rias reivindica��es. Uma delas � a constru��o de pontos com infraestrutura nas rodovias para cumprir a lei que determina a jornada de trabalho. Pela nova legisla��o, a cada quatro horas rodadas, eles precisam parar meia hora para descansar e, ap�s cumprir a jornada do dia, devem parar por 11 horas consecutivas. “� importante ressaltar que n�s n�o somos contra a lei. S� queremos que o governo ofere�a condi��es para cumprirmos essa determina��o por meio da constru��o de postos a cada certa quantia de quil�metros, com infraestrutura como estacionamento e banheiros para que a parada seja cumprida de maneira segura”, disse Erivelto Oliveira, representante do movimento em Carm�polis de Minas.
Outra reivindica��o � a redu��o do pre�o do �leo diesel. De acordo com Erivelto, o pre�o do combust�vel em Minas � 7% maior do que em rela��o a outros estados. Al�m disso, os profissionais pleiteiam aumento do frete e que as empresas contratantes paguem os ped�gios.