Considerado um term�metro da atividade industrial brasileira, o setor de produtos qu�micos mostra que a economia nacional chegou ao final do primeiro semestre com n�meros pouco animadores. O indicador de produ��o de itens qu�micos de uso industrial, utilizados por ind�strias em geral, registrou queda de 3,48% em junho na compara��o com o m�s anterior. Em rela��o a junho do ano passado, os dados preliminares divulgados nesta ter�a-feira pela Associa��o Brasileira da Ind�stria Qu�mica (Abiquim) apontaram queda de 1,66%.
A retra��o do volume produzido acompanhou a contra��o das vendas internas. Na compara��o com maio desde ano, o volume de neg�cios encolheu 5,04%. "Tal comportamento contraria uma tradi��o do segmento, que, nesta �poca do ano, geralmente, exibe melhora nos volumes produzidos e comercializados", destaca a entidade em relat�rio. Ante junho do ano passado, contudo, o indicador apresentou oscila��o positiva de 3,12%.
Os n�meros do final do primeiro semestre levaram o setor a registrar taxa de utiliza��o de capacidade instalada de 74% em junho, no menor n�vel desde fevereiro de 2011. Naquela �poca, lembra a entidade, a ociosidade na cadeia de produtos qu�micos de uso industrial apresentou n�veis reduzidos por causa de um apag�o el�trico que atingiu a Regi�o Nordeste, com destaque para o complexo de Cama�ari (BA). Neste ano, a queda do indicador tamb�m reflete a interrup��o de opera��es em f�bricas, mas desta vez por culpa de opera��es programadas de manuten��o.
� a segunda vez consecutiva que a taxa de utiliza��o de capacidade fica abaixo de 80%. Em maio, o indicador havia alcan�ado 78%. Os dois n�meros derrubaram a m�dia do setor no primeiro semestre, que ficou em 81%. Em mar�o, no auge alcan�ado em 2012, o indicador atingiu 87%.
Semestre
A despeito dos n�meros desfavor�veis de junho, o setor conseguiu encerrar o primeiro semestre com expans�o de vendas dom�sticas e produ��o. O �ndice de vendas internas teve alta de 8,71%, acompanhado por uma expans�o de 4,61% na produ��o, ambos os n�meros alavancados pelos resultados do primeiro trimestre. "Vale ressaltar, todavia, que, na compara��o com o ano passado, uma parte expressiva desse desempenho pode ser atribu�da � base deprimida de compara��o", afirma a Abiquim, em refer�ncia ao apag�o na Regi�o Nordeste. Quando considerados apenas os dados preliminares do segundo trimestre, as vendas cresceram em ritmo mais discreto, de 4,78%, e a produ��o encolheu 0,63%.
Para a entidade, o resultado mais robusto da ind�stria qu�mica nos primeiros meses deste ano reflete tamb�m um movimento de reposi��o de estoques em diversas cadeias e a ocorr�ncia de compras preventivas, motivadas pela expectativa de eleva��o dos pre�os de produtos qu�micos derivados do petr�leo e da nafta petroqu�mica. "Todavia, a partir do in�cio do segundo trimestre, alguns desses efeitos parecem ter se esgotado e tanto a produ��o quanto as vendas internas exibiram recuos, motivados pela diminui��o do ritmo de atividade de importantes segmentos consumidores de produtos qu�micos", alerta a entidade.
A an�lise � sustentada pelo indicador de consumo aparente nacional (CAN), que melhor dimensiona a demanda dom�stica por produtos qu�micos. O �ndice cresceu apenas 0,96% no primeiro semestre, ap�s encerrar o primeiro trimestre com expans�o de quase 6%.