O ministro da Fazenda, Guido Mantega, previu nesta ter�a-feira que os efeitos das diferentes medidas anunciadas pelo governo come�ar�o a aparecer ao longo do segundo semestre. "O governo j� p�s em pr�tica uma s�rie de medidas em 2012. (Os efeitos) n�o s�o imediatos", comentou.
Ele citou que a desonera��o da folha de pagamentos para 15 setores entra em vigor em agosto. A partir de quarta-feira as empresas pagar�o menos INSS, e isso � sin�nimo de redu��o de custo, segundo o ministro.
Al�m disso, Mantega enfatizou que as medidas do Brasil Maior e a redu��o da taxa de juros ter�o efeitos "ao longo do tempo". "Os efeitos v�o come�ar a aparecer agora, e cada vez mais neste segundo semestre", refor�ou.
Questionado se novas a��es podem ser anunciadas em breve, o ministro fez uma declara��o abrangente. "� claro que o governo sempre pensa em medidas para aumentar a competitividade das empresas brasileiras."
O ministro ressaltou que o cen�rio internacional est� cada vez mais competitivo e que a crise leva pa�ses a cortarem custos e gastos. "Temos de acompanhar isso, as empresas brasileiras t�m de ter as mesmas condi��es para tornar a economia brasileira uma das mais competitivas do mundo."
Na opini�o do ministro, o setor de autope�as brasileiro � o que sofre mais com a retra��o internacional. "Na Uni�o Europeia, o setor que mais sofre � o da ind�stria automobil�stica. O Brasil, neste caso, � um pa�s privilegiado, pois mantivemos estado avan�ado de produ��o em 2009 e 2010", comentou.
O ministro salientou que o setor de autope�as ir� aderir � desonera��o da folha de pagamentos a partir de quarta-feira. "Com isso, o custo vai cair", previu. Ele acredita que a situa��o problem�tica do segmento poder� ser revertida.
Mantega salientou que a diminui��o das importa��es de autope�as pela Argentina tamb�m contribuiu para o quadro negativo no Brasil, mas que isso deve se reverter.
Motos - O ministro admitiu que faltam recursos de financiamento para o setor de motocicletas no Brasil. "Para motos, est� faltando financiamento. Os bancos se retra�ram na concess�o de cr�dito para motos. Estamos pensando em medidas que v�o estimular as retomada das vendas de motos", disse.
Mantega n�o deu detalhes sobre como poder� beneficiar o setor. Questionado sobre se atender� o pedido da Federa��o Nacional da Distribui��o de Ve�culos Automotores (Fenabrave) ao Minist�rio da Fazenda, de libera��o de uma nova tranche (parcela) de compuls�rios carimbados para ofertar exclusivamente cr�dito para motocicletas, Mantega disse que vai conversar com o setor.
O presidente da entidade, Fl�vio Meneghetti, pediu na sexta-feira ao ent�o ministro interino, Nelson Barbosa, um montante equivalente a 10% do que foi direcionado para o setor de ve�culos. Em maio, o governo liberou R$ 18 bilh�es para a concess�o de cr�dito. "Dez por cento deste valor para motos � um volume consider�vel", avaliou Meneghetti na ocasi�o.
De acordo com ele, a cada 100 pedidos de cr�dito para aquisi��o de motos, apenas 10 s�o aprovados. A marca, segundo o presidente da Fenabrave, j� foi de 30%.