
A entidade propagandeia que a diferen�a m�dia entre gen�ricos e originais � de 50%, o que justifica o aumento da participa��o do primeiro produto no mercado. O �ndice apurado em Minas no primeiro semestre de 2012 s� fica abaixo do de S�o Paulo (55,1%) e do apurado no Rio de Janeiro (24,7%). No Brasil, o volume de vendas de gen�ricos no �ltimo semestre somou 321 milh�es de unidades – crescimento de 21,7% em rela��o aos 264 milh�es de medicamentos negociados em igual intervalo do ano passado.
No caso de Minas, o aumento foi de 37,8%, de 56,5 mil unidades para 77,9 mil. J� no confronto que leva em conta o faturamento, a compara��o mostra uma cifra de R$ 5,1 bilh�es contra R$ 3,8 bilh�es em n�vel nacional – salto de 33,1%. Os dados estaduais n�o foram divulgados pela entidade.
De qualquer forma, especialistas avaliam que os gen�ricos t�m um grande mercado em potencial. A expectativa � que, em n�vel nacional, o faturamento cres�a 25% no acumulado de 2012, alcan�ando 30% de participa��o do mercado de medicamentos at� dezembro pr�ximo. Telma Salles, presidente da Pr�-Gen�ricos, recorre � mesma justificativa de outros setores para fundamentar a previs�o de bons ventos para o mercado de medicamentos similares: o salto do poder aquisitivo do brasileiro nos �ltimos anos, com centenas de fam�lias das classes D e E migrando para a C.
“O aumento da renda da popula��o e outros indicadores socioecon�micos importantes, como o do pleno emprego, permitem que o cidad�o consiga comprar os medicamentos de que necessita”, afirma, acrescentando que os similares s�o o que os especialistas chamam de porta de entrada para o mercado farmac�utico. “Quem antes n�o podia comprar medicamento, come�a pelos gen�ricos. Em dois anos comercializadas em vers�es gen�ricas, algumas substancias chegam a triplicar o volume de vendas”, disse Selma, destacando que a euforia dos laborat�rios fabricantes de gen�ricos ser� maior em 2017, quando muitos medicamentos, em raz�o da lei, ter�o as patentes quebradas.
Crescimento
Na avalia��o de Geraldo Monteiro, diretor executivo da Associa��o Brasileira dos Distribuidores de Laborat�rios Nacionais (Abradilan), a participa��o dos gen�ricos nesse mercado pode atingir “de 35% a 40%”. “S� em 2012, para se ter ideia, ser�o quebradas as patentes de um medicamento para �lcera, outro para enxaqueca, um para combater a mal�ria e at� um usado contra a leucemia”, refor�ou Monteiro. Especialistas avaliam que as patentes que ser�o derrubadas nos pr�ximos cinco anos pode representar um mercado potencial de at� US$ 2,5 bilh�es. “Nosso foco � a amplia��o do acesso, especialmente nas regi�es do pa�s onde a participa��o da categoria � baixa”, ressalta Telma.
Geraldo, por sua vez, alerta para a import�ncia de o consumidor sempre pedir ao m�dico que ofere�a na receita a possibilidade dos gen�ricos e, ainda assim, recomenda ao paciente que pesquise o melhor pre�o entre as farm�cias. “Os gen�ricos, quando registrados (nos �rg�os competentes), precisam, pela lei, chegar ao mercado com pre�o pelo menos 35% inferior ao patenteado. Por�m, quando ele vai para o mercado, devido � competi��o existente, � esse mercado que vai determinar o pre�o. Isto �, cabe ao consumidor – e o cliente deve fazer isso – pesquisar, pois pode conseguir percentuais bem mais vantajosos do que os 35%.”
Simone Martins, de 44, sabe bem disso. O domperidona que ela compra para o filho custa R$ 7,90 em v�rias farm�cias da capital. J� o original sai a R$ 30. “A diferen�a � muito grande. A gente tem de ficar antenada quanto ao pre�o, que tamb�m varia de uma farm�cia para outra.”