Apesar do crescimento de 0,2% na passagem de maio para junho, a produ��o industrial est� em um patamar bem abaixo do seu hist�rico. A taxa est� 5,6% abaixo do ponto mais alto da s�rie, iniciada em 1991, que foi registrado no fim do primeiro trimestre do ano passado, informou o gerente da Coordena��o de Ind�stria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), Andr� Macedo, durante a apresenta��o da Pesquisa Industrial Mensal - Produ��o F�sica (PIM-PF).
Macedo acredita que as medidas do governo de incentivo ao consumo e est�mulo � produ��o n�o explicam diretamente o crescimento da ind�stria no m�s, ap�s tr�s meses consecutivos de queda. Os efeitos das medidas podem ser sentidos nas estat�sticas relativas �s vendas, mais do que na produ��o, o que pode ser um indicativo de que o momento � de queima de estoque, mais do que de alta da produ��o.
Em junho ante maio, foram destaque de alta os bens de consumo dur�veis, com 4,8%, principalmente, ve�culos automotores (3%) e eletrodom�sticos de linha branca e linha marrom. Para estas duas �ltimas atividades o IBGE n�o divulga �ndices espec�ficos.
"H� uma s�rie de medidas do governo que contribuem, mas quando se olha a produ��o no ano h� um quadro negativo e permanece a entrada de produtos importados. O crescimento de 0,2% � um dado positivo, mas � preciso aguardar para ver como o setor industrial ir� se comportar daqui para frente", afirmou o economista do IBGE.
Macedo aponta a alta da produ��o de bens de capital, que subiu 1 4% na passagem de maio para junho. Para ele, � um dado positivo, mas � necess�rio observar se a trajet�ria de crescimento ser� mantida nos pr�ximos meses.
Na compara��o entre junho de 2012 e o mesmo m�s de 2011, o setor de bens de capital apresentou queda de 15,3% e, no ano, de 12 5%. No segundo trimestre, o setor caiu 4,5%, em rela��o ao mesmo per�odo do ano anterior, com destaque para constru��o (-15,8%) e ind�stria (-11,7%). Na mesma base de compara��o, a �nica alta foi registrada em bens de capital para a agricultura (6,1%).
"O crescimento na margem precisa ser relativizado, porque houve uma queda expressiva no m�s anterior, o que suplanta esse resultado. De qualquer forma, � uma informa��o que d� qualidade � pesquisa. � preciso ver para qual dire��o caminha esse segmento", afirmou o economista.
Entre os destaques de alta na passagem de maio para junho est�o a parte de m�quinas e equipamentos para a agricultura e ind�stria. A produ��o de caminh�es ainda puxa o �ndice para baixo.