Lan�ado h� um ano, o Plano Brasil Maior, programa do governo de incentivo � ind�stria nacional, tem impacto limitado e � insuficiente para aumentar a competitividade do pa�s. A avalia��o consta de pesquisa divulgada nes pela Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI) com 784 empresas de todo o pa�s.
De acordo com o levantamento, poucos empres�rios t�m pleno conhecimento das medidas de est�mulo. Apenas 8,2% dos entrevistados sabem do plano detalhadamente. A pesquisa constatou ainda que 34,6% conhecem as medidas, mas n�o em profundidade, e que 19,3% dos empres�rios desconhecem o plano.
Al�m da falta de esclarecimento, as medidas econ�micas enfrentam outra barreira: a falta de impactos efetivos. Segundo a pesquisa, entre aqueles que conhecem o plano, 75,2% disseram que n�o sentiram os efeitos na pr�pria empresa e 57,5% informaram n�o terem sentido o efeito sobre a ind�stria como um todo.
Os empres�rios sugerem que o governo aprofunde as medidas de est�mulo, com a amplia��o da desonera��o da folha de pagamento, a simplifica��o do sistema tribut�rio e da legisla��o trabalhista e a redu��o dos custos da energia. O Plano Brasil Maior desonerou a folha de pagamento de quatro setores da ind�stria. Em vez de a contribui��o previdenci�ria incidir sobre a folha de pagamento, a cobran�a se dar� com base no faturamento das empresas.
Em abril, o governo estendeu o benef�cio a outros 11 setores do servi�o e da ind�stria. A medida provis�ria, no entanto, precisa ser votada pelo Congresso em duas semanas para n�o perder a validade. Al�m da desonera��o da folha de pagamento, o Plano Brasil Maior conta com medidas de incentivo �s exporta��es e � fabrica��o de bens de capital (equipamentos usados na produ��o).
De acordo com a CNI, as avalia��es s�o menos otimistas quando o empres�rio fala da pr�pria empresa porque as medidas s�o destinadas apenas a determinados setores da economia, sem alcan�ar a maioria dos setores industriais. Os empres�rios tamb�m se preocupam com o car�ter tempor�rio de determinadas medidas como o Regime Especial de Reintegra��o de Valores Tribut�rios para as Empresas Exportadoras (Reintegra), que acaba em 31 de dezembro.