Mercados s�o fortemente afetados por falta de medidas do BCE

Os mercados n�o resistiram nesta quinta-feira � decep��o gerada pelo discurso do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, que n�o anunciou medidas imediatas para aliviar as tens�es geradas pela crise europeia.

Com isso, as principais bolsas europeias encerraram a sess�o desta quinta-feira em forte queda. A Bolsa de Madri foi destaque entre as perdas, como recuo de 5,16% do IBEX 35, a 6.373,4 pontos.

As a��es dos grandes bancos espanh�is estavam entre as mais castigadas: Santander perdeu 6,69%, a 4,63 euros, BBVA recuou 6,42%, a 4,941 euros, e CaixaBank caiu 6,51%, para 2,543 euros.

Em Mil�o, onde os bancos tamb�m lideraram as baixas, o FTSE MIB perdeu 4,64%, para 13.283 pontos.

O CAC 40 de Paris perdeu 2,68% e fechou aos 3.232,46 pontos, enquanto que o DAX de Frankfurt baixou 2,20%, a 6.606,09 pontos.

J� o FTSE-100 da Bolsa de Londres baixou 0,88%, a 5.662,3 pontos.

As d�vidas de Espanha e It�lia tamb�m foram penalizadas pela falta de medidas do BCE para reduzir as press�es nos mercados, ap�s a distens�o vivida nos �ltimos dias.

O rendimento do b�nus a 10 anos da Espanha fechou acima de 7%, a 7,165%, contra 6,732% na quarta-feira, no mercado secund�rio. J� o italiano foi a 6,327%, contra 5,931% na v�spera.

Por sua vez, a taxa de risco espanhola - diferen�a entre o b�nus da d�vida a dez anos com o alem�o, de refer�ncia - chegou a 593,810 pontos e o italiano a 510 pontos.

Nestas circunst�ncias, os investidores se refugiam na d�vida de pa�ses s�lidos. Assim, as taxas de Alemanha recuaram a 1,227% (contra 1,368%) e as da Fran�a a 2,054% (2,097%).

Fora da zona euro, as taxas para os b�nus brit�nicos a 10 anos ca�am a 1,439%, contra 1,516% na v�spera, e as dos Estados Unidos recuavam a 1,454%, contra 1,524% na v�spera.

"O mercado se viu totalmente desconcertado pelo discurso de Mario Draghi, o que refor�a a incerteza sobre as perspectivas econ�micas da zona do euro, minando a moral dos investidores", resumiu Myrto Sokou, analista da corretora Sucden.