A Petrobras reportou preju�zo l�quido de R$ 1,346 bilh�o no segundo trimestre de 2012, ante lucro l�quido de R$ 10,943 bilh�es do mesmo per�odo do ano passado. � a primeira vez que a estatal apresenta preju�zo em mais de dez anos. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, deprecia��o e amortiza��es) somou R$ 10,599 bilh�es no mesmo per�odo, queda de 33,3% em rela��o ao intervalo entre abril e junho de 2011.
A retra��o � explicada entre outras raz�es pelo resultado financeiro negativo do trimestre, causado pelo efeito do c�mbio nas d�vidas denominadas em d�lar, e pela opera��o de venda no mercado dom�stico de combust�veis importados, com pre�os locais menores do que os valores pagos pela estatal no mercado externo. O resultado financeiro l�quido da Petrobras ficou negativo em R$ 6,407 bilh�es entre abril e junho, revertendo o n�mero positivo de R$ 2,901 bilh�es registrado no segundo trimestre de 2011.
A receita l�quida da Petrobras entre abril e junho alcan�ou R$ 68,047 bilh�es, alta de 11,5% em igual compara��o. A varia��o positiva reflete o maior volume de combust�veis no mercado dom�stico, assim como os maiores pre�os de venda de diesel e gasolina. Desde 1º de novembro do ano passado, os pre�os praticados pela estatal na refinaria tiveram alta de 10% na gasolina e de 2% no diesel.
A companhia tamb�m anunciou uma segunda rodada de aumentos, de 7 83% na gasolina e 3,94% no diesel, mas os novos pre�os entraram em vigor apenas em 25 de junho e por isso o impacto no resultado trimestral foi pequeno. Esse reajuste, assim como outro aumento de 6% no diesel aplicado a partir de 16 de julho, dever�o impulsionar os resultados da Petrobras a partir do terceiro trimestre.
Al�m disso, a receita da Petrobras foi beneficiada pelo efeito do c�mbio nas exporta��es. O d�lar mais valorizado tem impacto positivo na receita da companhia quando convertida em reais, e compensou parcialmente a queda do pre�o internacional do petr�leo nos �ltimos meses. O mesmo efeito cambial, por outro lado, torna a compra de combust�veis no mercado externo mais onerosa para a Petrobras.