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Estado de Minas

Bovespa pode n�o retomar os 60 mil pontos


postado em 06/08/2012 10:16

O sinal positivo que prevalece nos mercados internacionais na manh� desta segunda-feira, mantendo o otimismo observado ao final da semana passada, at� que poderia facilitar a tentativa da Bovespa de testar uma importante resist�ncia j� nesta segunda-feira, com o intuito de retomar uma trajet�ria de alta, rumo aos 60 mil pontos. Mas essa miss�o tornou-se mais �rdua no curto prazo diante do inesperado preju�zo registrado pela Petrobras no trimestre passado, o que deve provocar uma forte corre��o, para baixo, nas a��es da companhia. As aten��es se voltam, agora, para a teleconfer�ncia que a estatal petrol�fera realiza, enquanto o exterior segue em busca de pistas das autoridades monet�rias para contornar a perda de tra��o da din�mica global. Por volta das 10h10, o Ibovespa ca�a 0,63%, aos 56.893,19 pontos, na m�nima.

Na sexta-feira, ap�s o fechamento do preg�o regular da Bolsa, a Petrobras reportou um preju�zo l�quido de R$ 1,346 bilh�o entre abril e junho de 2012, no primeiro resultado negativo desde 1999. Esta segunda-feira, portanto, ser� o primeiro dia de rea��o do mercado financeiro ao resultado da companhia, que contrastou com a estimativa m�dia de lucro de R$ 3,24 bilh�es, conforme institui��es consultadas pela Ag�ncia Estado.

Para se ter uma ideia, no after market da sexta-feira, as a��es da Petrobras ca�ram mais de 2%, o que interrompeu a negocia��o dos pap�is, j� que atingiram o porcentual limite de varia��o de pre�o, de 2%, (para cima ou para baixo). Segundo um operador de renda vari�vel, espera-se, pelo menos, uma queda de 5% de cada a��o da Petrobras no mercado � vista hoje. No hor�rio acima, as a��es ON da companhia cediam 5,18%, enquanto as PN recuavam 5,12%.


"Mas tudo � poss�vel", pondera ele, lembrando que h� cerca de duas semanas, quando saiu o balan�o financeiro tamb�m ruim da Vale, os pap�is da mineradora absorveram a queda registrada pela manh� e acabaram ajudando a alta de 2,65% do Ibovespa do preg�o do dia 26.

Para esse profissional, que falou sob a condi��o de n�o ser identificado, os investidores estar�o atentos � teleconfer�ncia com analistas, que acontece nesta segunda-feira, al�m de declara��es da presidente da Petrobras. Ele cita informa��o publicada em uma revista semanal, na qual Gra�a Foster continua a descobrir "esqueletos no arm�rio e abacaxis escondidos" pelo ex-presidente da companhia, S�rgio Gabrielli.

Como os pap�is da blue chip t�m peso relevante na composi��o do Ibovespa, o preg�o desta segunda-feira j� deve come�ar sob uma forte press�o negativa, justamente quando a Bolsa iniciaria a semana cara a cara com uma importante resist�ncia, que, se superada, poderia garantir dias mais promissores � renda vari�vel brasileira.

O analista gr�fico da �gora Corretora, Daniel Marques, comenta, em relat�rio, que o encerramento euf�rico do preg�o dom�stico na �ltima sexta-feira - alta de 3,12%, no maior n�vel desde 14 de maio, aos 57.255 pontos - fez com que o Ibovespa fechasse a semana passada "beijando a resist�ncia". "O Ibovespa continua cutucando os 57,6 mil pontos", diz.

O profissional ressalta, por�m, que o rompimento dessa marca precisa ser confirmado para reconquistar uma tend�ncia de alta e abrir caminho rumo � m�dia m�vel de 200 dias (MM200), perto dos 58,8 mil pontos. "O Ibovespa ainda depende de um fechamento acima da resist�ncia (57.600 pontos) para finalmente tirar o mercado dessa enorme zona de congest�o e atrair compras mais fortes", avalia.

A depender da rea��o das a��es da Petrobras ao resultado financeiro e �s declara��es dos executivos da companhia, Marques, da �gora, destaca que � fundamental que qualquer corre��o para baixo do �ndice � vista respeite o suporte formado em 55.240 pontos. E esse ponto merece aten��o, ressalta ele, j� que seu rompimento deixaria qualquer melhora da Bolsa mais distante.

Para o economista e s�cio da �rama Investimentos, �lvaro Bandeira, uma retomada substancial dos neg�cios com risco est� na depend�ncia, novamente, do notici�rio acerca da zona do euro e da manuten��o do voto de confian�a dos investidores � autoridade monet�ria do bloco. "Na �ltima sess�o da semana passada, os mercados financeiros reavivaram as expectativas de ado��es de novas medidas, e at� a��es n�o convencionais, por parte do Banco Central Europeu (BCE) para sanar a crise das d�vidas na Europa", lembra.

Al�m de Europa, os investidores tamb�m estar�o atentos aos indicadores econ�micos na China, para tentar quantificar o ritmo da desacelera��o no gigante emergente, bem como aferir a possibilidade novos est�mulos por parte de Pequim. Entre quarta e quinta-feira o pa�s informa os n�meros da infla��o ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI), sobre a produ��o industrial, as vendas no varejo e a balan�a comercial.

J� em rela��o aos Estados Unidos, � fundamental acompanhar se os dados desenham uma tend�ncia clara de revers�o da economia norte-americana da acomoda��o ocorrida no segundo trimestre deste ano rumo � recupera��o nos �ltimos seis meses de 2012, conforme o Federal Reserve tem indicado.

Tamb�m nesta segunda-feira, o presidente do BC dos EUA, Ben Bernanke, fala sobre "medi��es econ�micas" durante confer�ncia em Boston (Massachusetts). O discurso da autoridade monet�ria � o grande destaque da agenda econ�mica norte-americana de hoje que, ali�s, est� relativamente fraca ao longo da semana. No hor�rio acima, o futuro do S&P 500 avan�ava 0,16%.


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