A Ag�ncia Nacional de Energia El�trica (Aneel) aprovou nesta ter�a-feira o regulamento dos medidores eletr�nicos de consumo de energia, o que possibilitar� aos consumidores pagar pre�os mais baixos pela eletricidade consumida fora dos hor�rios de pico. No futuro, o equipamento tamb�m permitir� que as distribuidoras ofere�am novos servi�os, como a energia pr�-paga, ou ainda a venda e distribui��o do excedente de energia gerada por meios solares ou e�licos domiciliares.
Na pr�tica, os medidores digitais propiciam a forma��o da chamada "rede inteligente" (smart grid, no jarg�o da �rea), que funcionar� como a "internet da energia", nas palavras do diretor relator do regulamento, Andr� Pepitone. "Essa tecnologia reduz a conta de luz do consumidor, diminui as perdas de energia no sistema e aumenta a qualidade dos servi�os prestados", afirmou ele.
O sistema de cobran�a diferenciada de energia foi aprovado pela Aneel em novembro do ano passado, mas dependia dos medidores eletr�nicos para que pudesse ser implementado. Nesse modelo - que ser� opcional para os usu�rios - a eletricidade consumida nos hor�rios de menor demanda na rede, batizada como "Tarifa Branca", custar� cinco vezes menos que os pre�os cobrados no pico de consumo e tr�s vezes menos que as praticadas nos hor�rios intermedi�rios.
Al�m da diferencia��o por hor�rio, os medidos inteligentes poder�o comunicar quedas de energia �s distribuidoras em tempo real, agilizando o processo de restabelecer a rede de for�a. O equipamento tamb�m permite o corte ou religamento remoto do servi�o nas resid�ncias, sem precisar da presen�a de um t�cnico da companhia no local.
Em at� 18 meses, as distribuidoras ter�o que oferecer o novo equipamento para os consumidores que o solicitarem. Caso o pedido seja por um medidor com mais dados e informa��es dispon�veis, o custo a princ�pio ser� do pr�prio solicitante, mas caso o pedido seja apenas por um modelo que utilize a Tarifa Branca, o custo de instala��o poder� ser pago tamb�m pelas companhias, que depois ter�o esses gastos remunerados nos reajustes anuais de tarifas.
Ainda assim, a ag�ncia considerou que os benef�cios dos medidores eletr�nicos para o sistema de distribui��o do Pa�s superam esse custo que, al�m disso, deve ser dilu�do ao longo dos pr�ximos anos. "Essa � uma etapa de um processo maior e de longo prazo", definiu Pepitone.