A safra agr�cola, comprometida neste ano por problemas clim�ticos, al�m da queda de produ��o nos Estados Unidos, foi o principal fator que puxou a infla��o de 0,43% em julho, medida pelo �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA). A taxa foi a maior registrada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) desde abril deste ano, m�s em que a alta chegou a 0,64%.
"V�rios itens aliment�cios mostraram alta, liderada pelo tomate. Al�m deles, houve alta de outros alimentos, como o p�o franc�s (1,78%) e �leo de soja (1,02%). S�o produtos vinculados a commodities, em fun��o da quebra da safra americana", disse a coordenadora da pesquisa do IBGE, Eulina Nunes. A economista falou que o resultado de julho n�o captou ainda uma acelera��o da economia, mas est� relacionado a motivos pontuais, como a alta de alimentos.
Sozinho, o tomate respondeu por 25% da alta do IPCA de julho, com impacto de 0,10 ponto porcentual na taxa de 0,43%. No Rio de Janeiro, o pre�o do quilo do tomate ficou 94% mais caro, passando de R$ 2,50 em junho para R$ 4,85 em julho. "N�o � poss�vel dizer que houve uma alta generalizada dos alimentos. Foram alguns produtos espec�ficos. Produtos como a carne (-1 13%) apresentaram queda", disse Eulina.
Outra influ�ncia na infla��o foi do grupo de despesas pessoais, com destaque para excurs�o (de 4,74% para 3,46%), por causa do per�odo de f�rias, e para empregado dom�stico (de 0,61% para 1 37%), devido � valoriza��o dos sal�rios.
Para a pesquisa do pr�ximo m�s � esperada influ�ncia dos seguintes pre�os administrados na composi��o da taxa: alta de �gua e esgoto (9,40%) no Rio de Janeiro e de tarifa de �nibus urbanos em Bel�m (10%). Segundo Eulina, a greve dos funcion�rios p�blicos n�o afetou a coleta de informa��es do IPCA. Na pesquisa do �ndice Nacional da Constru��o (Sinapi) n�o foram coletados em julho os dados da Para�ba.