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Estado de Minas

Falta de funcion�rios qualificados preocupa empres�rios da constru��o em Minas

Trabalhador � pedra no caminho da obra


postado em 09/08/2012 06:00 / atualizado em 09/08/2012 07:33

Mercado de reformas aquecido tira profissionais do trabalho formal(foto: EULER JÚNIOR/EM/D.A PRESS - 1/3/12)
Mercado de reformas aquecido tira profissionais do trabalho formal (foto: EULER J�NIOR/EM/D.A PRESS - 1/3/12)
Os canteiros de obras em Minas Gerais est�o perdendo trabalhadores para os servi�os de “bicos” nas resid�ncias, o que prejudica a produtividade do setor. A falta de trabalhador qualificado representa 75,8% da preocupa��o atual do empresariado do estado, conforme dados da Sondagem da Ind�stria da Constru��o, feita pelo Sindicato da Ind�stria da Constru��o Civil de Minas Gerais (Sinduscon-MG), em parceria com a Federa��o das Ind�strias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).

A pesquisa mostrou que a confian�a do empresariado em rela��o � economia perdeu for�a em julho e registrou 55,8 pontos. Apesar de otimista (�ndice acima de 50 pontos), o indicador perdeu intensidade, ficando 2,5 pontos abaixo da pesquisa em junho (58,3 pontos). “As empresas sa�ram da fase de euforia e est�o tentando se equilibrar. Mas o cen�rio macroecon�mico internacional afetou o �nimo do empresariado”, afirma Teodomiro Diniz Camargos, presidente da C�mara da Ind�stria da Constru��o da Fiemg e conselheiro fiscal do Sinduscon-MG.

A escassez de m�o de obra qualificada lidera as reclama��es do empresariado mineiro, seguida pela elevada carga tribut�ria (42,4%), alta taxas de juros (36,4%) e do custo da m�o de obra (27,3%). “Muitos trabalhadores ficam tr�s dias no canteiro de obras e fazem bicos no resto da semana. A demanda do mercado informal � forte, o que leva � queda de disponibilidade para fazer hora extra e trabalhar aos s�bados”, explica Camargos.

O empres�rio afirma que em um passado recente era comum que os trabalhadores fizessem de 30 a 40 metros quadrados de piso na obra por dia. “Hoje dificilmente achamos um que faz 15 metros. Na minha empresa, por exemplo, o �ndice de faltas � de 35% na segunda-feira”, diz Camargos, que tamb�m � diretor da construtora Diniz Camargos. A maior parte dos problemas enfrentados hoje pelas construtoras est� ligado � m�o de obra, segundo o empres�rio. “A carga tribut�ria est� muito concentrada no valor da m�o de obra. Se o gasto for alto, os impostos tamb�m ser�o elevados”, observa.

Dados do Sinduscon mostram que o custo da m�o de obra representa hoje cerca de 53% do total da obra (fora o terreno), contra 47% do material de constru��o. “H� dois anos esses n�meros eram inversos”, comenta Camargos. A pesquisa apontou que os empres�rios consideram as condi��es de acesso ao cr�dito desfavor�veis, apesar dos incentivos do governo ao financiamento. Em junho o indicador apontou 48,1 pontos. “Os bancos ainda est�o conservadores para emprestar dinheiro para capital de giro na constru��o”, afirma Camargos.

A busca da industrializa��o do processo produtivo tem sido a alternativa buscada pelos empres�rios para tentar driblar a escassez de m�o de obra. “Estamos nos empenhando em treinar os trabalhadores e usar mais tecnologia e menos m�o de obra”, afirma �talo Gaetani, superintendente da Construtora Castor. A EPO Engenharia tem feito programas de incentivos de rendimento para evitar as faltas dos empregados ao trabalho. “Temos tido problemas principalmente com serventes de obras”, observa Jairo Dias, diretor operacional da empresa.

As vendas de materias de constru��o em Minas ca�ram 3% em julho deste ano, na compara��o com o mesmo m�s de 2011. Em rela��o a junho, o aumento foi de 7%, segundo dados da Associa��o dos Comerciantes de Material de Constru��o de Minas Gerais (Acomac). “O endividamento est� em alta e h� inseguran�a do mercado em rela��o � crise na Europa”, diz Rui Fid�lis, presidente da Acomac. A partir deste semestre, no entanto, a expectativa da Acomac � de melhora nas vendas.


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