Depois de operar descolada dos mercados internacionais nos �ltimos dois dias, a Bovespa redireciona o foco para o exterior, onde os investidores ainda digerem os dados econ�micos da China e dos Estados Unidos. Os n�meros fracos sobre a atividade e a infla��o chinesas e a relativa estabiliza��o no mercado de trabalho norte-americano divergem as interpreta��es entre os agentes financeiros quanto � imin�ncia de medidas adicionais de est�mulo por parte dos principais bancos centrais do mundo, o que deixa os neg�cios locais sem uma dire��o definida para o dia. Por volta das 10h05, o Ibovespa ca�a 0,52%, aos 58.643,23 pontos, na m�nima.
Desde a madrugada at� a manh� desta quinta-feira as duas maiores economias do mundo anunciaram dados econ�micos de peso. O gigante emergente reportou crescimento menor que o esperado da produ��o industrial em julho, no menor patamar em tr�s anos, bem como desacelera��o da infla��o ao consumidor e das vendas no varejo, o que refor�ou a expectativa de que Pequim anuncie novas medidas de afrouxamento monet�rio em breve e motivou as bolsas asi�ticas. A Bolsa de Hong Kong fechou no maior n�vel desde o in�cio de maio e a de Xangai avan�ou pelo quinto preg�o seguido.
J� os EUA informaram uma queda nos pedidos semanais de aux�lio-desemprego, contrariando a previs�o de alta, al�m de redu��o do d�ficit comercial em junho para o menor n�vel desde 2010, com as exporta��es alcan�ando patamar recorde. No hor�rio acima, o futuro do S&P 500 tinha leve baixa de 0,10%. A Europa, por sua vez, n�o mostra empolga��o com as palavras do membro do Conselho do Banco Central Europeu (BCE), de que a autoridade monet�ria est� preparada para intervir "muito rapidamente". A Bolsa de Frankfurt ca�a 0,74%, ainda no mesmo hor�rio.
O analista da Socopa Corretora Marcelo Varej�o lembra que a t�nica recente dos mercados financeiros t�m sido de interpretar dados em linha ou melhores que o esperado das principais economias do mundo como um ind�cio de recupera��o da atividade, ao passo que n�meros fracos, abaixo do previsto, alimentam esperan�as de a��es dos BCs. Para ele, enquanto esses indicadores continuarem sem apontar para um sentido �nico, os ativos de risco v�o oscilar da euforia � frustra��o em intervalos curtos.
"� preciso que esses dados mostrem consist�ncia ou fraqueza para construir uma tend�ncia", disse. Assim, comenta Varej�o, a Bolsa segue sem vi�s definido e oscilando ao sabor do humor dos mercados internacionais, diante da aus�ncia de mudan�a do conjuntura macroecon�mica global. "A Bolsa se recuperou muito r�pido, o que abre espa�o para uma realiza��o de lucros, mas ainda tem f�lego para subir mais", completou, acrescentando que essa mesma percep��o � v�lida para as principais a��es brasileiras.
Segundo an�lise gr�fica da Um Investimentos, o pr�ximo objetivo do Ibovespa ronda a m�dia m�vel de 200 dias (MM200), em torno dos 59,2 mil pontos. Por�m, semanalmente, o �ndice � vista perdeu a tend�ncia de alta que vinha apresentando e segue em um movimento de acumula��o no curto prazo. A conferir.