Uma luz no fim do t�nel: pesquisa da Serasa Experian divulgada ontem revelou que a quantidade de brasileiros que procuraram cr�dito em julho cresceu 2% em rela��o a igual per�odo de 2011. � a primeira alta desde outubro de 2011 quando se leva em conta a compara��o entre o mesmo m�s de dois anos consecutivos. Frente a junho, o aumento foi de 8%. J� no acumulado do ano, o dado est� negativo em 6%. Para os economistas da empresa, o resultado de julho mostra que a queda da taxa b�sica de juro (Selic), a redu��o de impostos em alguns setores e o aumento da renda come�am a impactar a retomada da busca do consumidor por cr�dito.
Por outro lado, em Belo Horizonte, o endividamento � outro indicador que vem ganhando espa�o, segundo dois estudos tamb�m divulgados ontem. A mesma combina��o que estimulou os brasileiros a buscar mais cr�dito em julho – como a queda dos juros e a redu��o do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para alguns setores – se tornou uma armadilha aos consumidores com descontrole financeiro. Levantamento da C�mara de Dirigentes Lojistas (CDL-BH) mostrou que a inadimpl�ncia na capital subiu 6,35% entre junho e julho. Em rela��o a julho de 2011, o acr�scimo na lista de mau pagador foi de 1,19%. Mas o dado mais preocupante ficou por conta de pesquisa da Federa��o do Com�rcio do Estado de Minas Gerais (Fecom�rcio): 33% dos endividados n�o sabem quando v�o quitar suas d�vidas.
Esse �ltimo percentual � assustador porque superou – e muito – a m�dia mensal hist�rica, entre 7% e 10%. “Para ter ideia, o �ndice de junho havia sido 10,7%”, comparou o economista Eduardo �ngelo, da Fecom�rcio, acrescentando que, al�m dos 33,3% dos inadimplentes que n�o sabem quando v�o quitar as d�vidas, outros 6,7% s� v�o honrar os compromissos financeiros depois de 90 dias. Na pr�tica, os dois indicadores respondem por quatro em cada 10 endividados. “Ficamos assustados com o resultado. � o famoso ‘devo e n�o nego, mas pago quando puder’”, disse Eduardo �ngelo, enfatizando que a causa do calote � o descontrole financeiro.
Dinheiro de pl�stico
Tanto que o �ndice de endividamento, tamb�m medido pela entidade que trabalha, subiu de 66,4% para 69,3%. E sabe qual o principal caminho que levou a esse cen�rio? O uso errado do cart�o de cr�dito, que lidera os endividamentos, com parcela de 55,2%. N�o � dif�cil entender o porqu�: o aumento da renda das fam�lias brasileiras levou muita gente a ter o primeiro acesso ao chamado dinheiro de pl�stico. O perfil do inadimplente, tra�ado pela Fecom�rcio, concluiu que 91% dos endividados t�m rendimento mensal de at� cinco sal�rios m�nimos (R$ 3.110).
Por outro lado, em Belo Horizonte, o endividamento � outro indicador que vem ganhando espa�o, segundo dois estudos tamb�m divulgados ontem. A mesma combina��o que estimulou os brasileiros a buscar mais cr�dito em julho – como a queda dos juros e a redu��o do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para alguns setores – se tornou uma armadilha aos consumidores com descontrole financeiro. Levantamento da C�mara de Dirigentes Lojistas (CDL-BH) mostrou que a inadimpl�ncia na capital subiu 6,35% entre junho e julho. Em rela��o a julho de 2011, o acr�scimo na lista de mau pagador foi de 1,19%. Mas o dado mais preocupante ficou por conta de pesquisa da Federa��o do Com�rcio do Estado de Minas Gerais (Fecom�rcio): 33% dos endividados n�o sabem quando v�o quitar suas d�vidas.
Esse �ltimo percentual � assustador porque superou – e muito – a m�dia mensal hist�rica, entre 7% e 10%. “Para ter ideia, o �ndice de junho havia sido 10,7%”, comparou o economista Eduardo �ngelo, da Fecom�rcio, acrescentando que, al�m dos 33,3% dos inadimplentes que n�o sabem quando v�o quitar as d�vidas, outros 6,7% s� v�o honrar os compromissos financeiros depois de 90 dias. Na pr�tica, os dois indicadores respondem por quatro em cada 10 endividados. “Ficamos assustados com o resultado. � o famoso ‘devo e n�o nego, mas pago quando puder’”, disse Eduardo �ngelo, enfatizando que a causa do calote � o descontrole financeiro.
Dinheiro de pl�stico
Tanto que o �ndice de endividamento, tamb�m medido pela entidade que trabalha, subiu de 66,4% para 69,3%. E sabe qual o principal caminho que levou a esse cen�rio? O uso errado do cart�o de cr�dito, que lidera os endividamentos, com parcela de 55,2%. N�o � dif�cil entender o porqu�: o aumento da renda das fam�lias brasileiras levou muita gente a ter o primeiro acesso ao chamado dinheiro de pl�stico. O perfil do inadimplente, tra�ado pela Fecom�rcio, concluiu que 91% dos endividados t�m rendimento mensal de at� cinco sal�rios m�nimos (R$ 3.110).
“As pessoas t�m consci�ncia que usam esse meio de pagamento de forma indisciplinada. � necess�rio transformar essa percep��o em a��es concretas para atingir o equil�brio no or�amento familiar e evitar a inadimpl�ncia”, ressalta o economista Gabriel de Andrade Ivo. Na mesma linha, recomenda o vice-presidente da CDL-BH, Marco Ant�nio Gaspar: “O uso inadequado deste cr�dito e o consumo de forma inconsciente contribu�ram para um crescimento dos �ndices de inadimpl�ncia. Da� a import�ncia do planejamento financeiro”. Segundo a CDL-BH, o aumento de registros no Servi�o de Prote��o ao Cr�dito (SPC) entre junho e julho (6,35%) se refere, principalmente, �s compras parceladas para os dias das M�es e o dos Namorados.
Nome limpo para comprar mais
O alto �ndices de inadimpl�ncia apurado em julho pela CDL-BH n�o deve se repetir nos pr�ximos meses, pois, como explica a economista da entidade, Ana Paula Bastos, boa parte dos endividados resgatam o nome do Servi�o de Prote��o ao Cr�dito (SPC) para voltar a parcelar compras em raz�o do Dia das Crian�as, em outubro, e, principalmente, devido ao Natal, a melhor data do varejo nacional.
“A maioria dos trabalhadores tamb�m recebe as duas parcelas do 13º terceiro sal�rio no segundo semestre”, completou. A gratifica��o natalina � uma das principais fontes para “limpar” o nome da lista dos maus pagadores. Em julho, o n�mero de pessoas que deram baixa no SPC subiu 3,17% no confronto com junho. A consultoria Serasa Exsperian n�o divulgou os motivos que levaram mais brasileiros a procurar cr�dito, mas, parte deles pode ter como objetivo retirar o nome do SPC.
Segundo a consultoria, em julho, a demanda do consumidor por cr�dito reagiu com mais for�a na popula��o de baixa renda. “As maiores taxas de avan�o ocorreram entre os consumidores que ganham at� R$ 500 por m�s (7,9%), at� R$ 1 mil (8%) e entre R$ 1 mil e R$ 2 mil (8,2%)”, informou o relat�rio da Serasa.
Ainda de acordo com o estudo, o aumento da procura por cr�dito foi maior em todas as regi�es do pa�s na compara��o com junho: Sul (8,8%), Centro-Oeste (8,7%) e Nordeste (8,6%) liderando as altas. Na Sudeste houve crescimento de 7,7% no per�odo, enquanto, na Norte, o avan�o foi de 3,8%”.
“A maioria dos trabalhadores tamb�m recebe as duas parcelas do 13º terceiro sal�rio no segundo semestre”, completou. A gratifica��o natalina � uma das principais fontes para “limpar” o nome da lista dos maus pagadores. Em julho, o n�mero de pessoas que deram baixa no SPC subiu 3,17% no confronto com junho. A consultoria Serasa Exsperian n�o divulgou os motivos que levaram mais brasileiros a procurar cr�dito, mas, parte deles pode ter como objetivo retirar o nome do SPC.
Segundo a consultoria, em julho, a demanda do consumidor por cr�dito reagiu com mais for�a na popula��o de baixa renda. “As maiores taxas de avan�o ocorreram entre os consumidores que ganham at� R$ 500 por m�s (7,9%), at� R$ 1 mil (8%) e entre R$ 1 mil e R$ 2 mil (8,2%)”, informou o relat�rio da Serasa.
Ainda de acordo com o estudo, o aumento da procura por cr�dito foi maior em todas as regi�es do pa�s na compara��o com junho: Sul (8,8%), Centro-Oeste (8,7%) e Nordeste (8,6%) liderando as altas. Na Sudeste houve crescimento de 7,7% no per�odo, enquanto, na Norte, o avan�o foi de 3,8%”.
Gastronomia fatura com o Dia dos Pais
Ao contr�rio do varejo geral em Belo Horizonte, que prev� aumento m�ximo de 3,5% nas vendas em raz�o do Dia dos Pais, os donos de restaurantes, pizzarias, choperias e lojas de vinho est�o animados com a data comemorada no domingo. A Associa��o Brasileira de Bares e Restaurantes de Minas Gerais (Abrasel MG) espera aumento de 50% no faturamento. O salto, por�m, n�o se deve apenas � data: os comerciantes apostam em diferentes estrat�gias para atrair a clientela, como novidades no card�pio, promo��es, jogos e brincadeiras.
“Parte expressiva da receita da alimenta��o fora do lar em agosto � decorrente do aumento de consumo nos restaurantes no Dia dos Pais”, explica Fernando J�nior, presidente da entidade. O Xico da Carne, por exemplo, preparou programa��o l�dica entre as 12h e as 16h, hor�rio em que a garotada poder� confeccionar lembrancinhas, como cart�es e gravatas, com materiais reciclados para presentear os pais. “Estimamos um p�blico 20% maior em nossas tr�s unidades”, diz o diretor do grupo, Rodrigo Nascimento, acrescentando que outro chamativo ser� o festival de algod�o doce e pintura facial para os pequenos.
O propriet�rio da Pizza Sur, Gustavo Roman, acredita num movimento 30% maior nas tr�s casas da rede. “� muito mais c�modo e prazeroso acordar e levar o pai para um descontra�do almo�o do que preparar tudo em casa”, disse. J� na Royal Vinhos, com duas unidades na capital e mais de 1 mil r�tulos � venda, as promo��es devem impulsionar as vendas em at� 15%. “Culturalmente, a bebida � um bom presente para a data, al�m de acompanhar bem o almo�o de domingo”, comenta o empres�rio Crist�v�o de Morais Filho.
Chamativos
O tradicional restaurante e choperia Pinguim, que espera aumento de 25% no p�blico e de 15% na venda da bebida. Tem como chamativo o card�pio variado. “Haver� um buffet especial. Pratos como caneloni e costelinha barbecue poder�o ser saboreados � vontade pelo pre�o �nico de R$ 39,90. J� para o fim de tarde e � noite, nosso card�pio conta com mais de 130 pratos”, afirma a gerente de Marketing da casa, Carolina Gonzalez Martini. Ela estima um p�blico em torno de 500 pessoas.
Na choperia Krug Bier, a equipe de funcion�rios ser� refor�ada para atender a expectativa de aumento de 20% no p�blico em rela��o aos dias normais. A casa aguarda cerca de 600 pessoas. O chamativo n�o ser� apenas a bebida gelada: a Krug vai oferecer pratos com fil�, salm�o e outros ingredientes. O Baby Beef tamb�m aposta num aumento consider�vel no p�blico. Nos domingos normais, a casa serve de 700 a 900 rod�zios. Para o Dia dos Pais, a previs�o � chegar a 1,2 mil unidades. (PHL)
“Parte expressiva da receita da alimenta��o fora do lar em agosto � decorrente do aumento de consumo nos restaurantes no Dia dos Pais”, explica Fernando J�nior, presidente da entidade. O Xico da Carne, por exemplo, preparou programa��o l�dica entre as 12h e as 16h, hor�rio em que a garotada poder� confeccionar lembrancinhas, como cart�es e gravatas, com materiais reciclados para presentear os pais. “Estimamos um p�blico 20% maior em nossas tr�s unidades”, diz o diretor do grupo, Rodrigo Nascimento, acrescentando que outro chamativo ser� o festival de algod�o doce e pintura facial para os pequenos.
O propriet�rio da Pizza Sur, Gustavo Roman, acredita num movimento 30% maior nas tr�s casas da rede. “� muito mais c�modo e prazeroso acordar e levar o pai para um descontra�do almo�o do que preparar tudo em casa”, disse. J� na Royal Vinhos, com duas unidades na capital e mais de 1 mil r�tulos � venda, as promo��es devem impulsionar as vendas em at� 15%. “Culturalmente, a bebida � um bom presente para a data, al�m de acompanhar bem o almo�o de domingo”, comenta o empres�rio Crist�v�o de Morais Filho.
Chamativos
O tradicional restaurante e choperia Pinguim, que espera aumento de 25% no p�blico e de 15% na venda da bebida. Tem como chamativo o card�pio variado. “Haver� um buffet especial. Pratos como caneloni e costelinha barbecue poder�o ser saboreados � vontade pelo pre�o �nico de R$ 39,90. J� para o fim de tarde e � noite, nosso card�pio conta com mais de 130 pratos”, afirma a gerente de Marketing da casa, Carolina Gonzalez Martini. Ela estima um p�blico em torno de 500 pessoas.
Na choperia Krug Bier, a equipe de funcion�rios ser� refor�ada para atender a expectativa de aumento de 20% no p�blico em rela��o aos dias normais. A casa aguarda cerca de 600 pessoas. O chamativo n�o ser� apenas a bebida gelada: a Krug vai oferecer pratos com fil�, salm�o e outros ingredientes. O Baby Beef tamb�m aposta num aumento consider�vel no p�blico. Nos domingos normais, a casa serve de 700 a 900 rod�zios. Para o Dia dos Pais, a previs�o � chegar a 1,2 mil unidades. (PHL)