As a��es do banco espanhol Bankia fecharam em queda de 20% nesta sexta-feira na Bolsa de Madri, depois que um fundo de ajuda p�blica afirmou que os acionistas ter�o de participar do custo de saneamento da institui��o, que pediu uma ajuda de 23,5 bilh�es de euros.
A queda das a��es do Bankia ajudaram a derrubar o Ibex-35, principal �ndice da Bolsa de Madri, que fechou em queda de 0,88%, a 7047,7 pontos, acima do patamar simb�lico de 7.000 pontos que havia perdido na segunda-feira.
O resgate do Bankia precipitou uma ajuda financeira europeia de at� 100 bilh�es de euros ao conjunto dos bancos espanh�is, mas os pa�ses da Eurozona impuseram em troca � Espanha fortes condi��es ao seu setor financeiro.
O t�tulo havia recuperado mais de 40% nos �ltimos dias, j� que os mercados esperavam o desbloqueio antecipado de uma primeira fase da ajuda europeia para os bancos nacionalizados.
Contudo, o comunicado do Fundo de Reestrutura��o Ordenada Banc�ria (FROB), que tamb�m menciona o Banco de Val�ncia, caiu como um banho de �gua fria sobre os papeis da istitui��o.
O FROB lembra que o grupo BFA-Bankia e o Banco de Val�ncia s�o alvos de um "processo de revis�o cont�bil" e remete ao memorando europeu de 20 de julho sobre a ajuda europeia.
Esse documento afirma que "os acionistas ter�o que participar na cobertura do custo dos processos de saneamento das entidades que precisarem de ajudas p�blicas nos termos estabelecidos pelo plano de reestrutura��o aprovado pelo Banco da Espanha e pela Comiss�o Europeia".
A ag�ncia de classifica��o financeira, Fitch, tamb�m ressaltou que "uma parte da carga ser� imposta aos detentores de d�vida subordinada e de participa��es preferenciais nos bancos que precisam de reestrutura��o/recapitaliza��o".
O banco disse que uma das diferen�as da Espanha com outros pa�ses que recorrem � ajuda europeia � "a grande propor��o desses instrumentos financeiros".
As associa��es de defesa dos consumidores, que iniciaram a��es judiciais contra diversos bancos, calculam em um milh�o o n�mero de consumidores afetados por esses produtos t�xicos, vendidos pelos bancos sem informa��o adequada "a simples particulares".
Destacando que "o objetivo � proteger os dep�sitos e minimizar o custo para o contribuinte", o memorando "pode ser interpretado como um an�ncio de possibilidade de perdas potenciais no caso de bancos n�o vi�veis", disse a Fitch.
A ag�ncia manifestou ainda suas d�vidas sobre a capacidade do plano europeu para sanear de uma vez por todas o setor.
"Apesar de o memorando pretender ser a reforma final do setor banc�rio espanhol, a Fitch se mant�m cautelosa sobre este ponto, devido �s duras condi��es econ�micas e de mercado", disse a Fitch.
O Minist�rio de Economia espanhol disse na quarta-feira que estudava com Bruxelas desbloquear uma antecipa��o de ajuda para o Bankia e outros bancos nacionalizados e � beira do precip�cio financeiro: Nova Galiza, Banco de Val�ncia e Catalunha Caixa.
Contudo, n�o h� data fixada e a Comiss�o Europeia afirmou na quarta-feira n�o ter recebido nenhuma solicita��o de ajuda de urg�ncia.