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Estado de Minas

Energia el�trica faz pessoas voltarem a morar nas cidades do interior

Chegada da energia a comunidades rurais provoca, em muitos casos, a volta de gente que havia sa�do para buscar nos centros urbanos as comodidades da vida conectada � rede


postado em 12/08/2012 08:14

A chegada da energia no campo j� vem sendo respons�vel pelo que se poderia definir como �xodo urbano, ou o �xodo rural ao contr�rio. Pesquisa do Minist�rio das Minas e Energia (MME) aponta que num universo de 2 milh�es de fam�lias beneficiadas pela primeira fase do programa Luz para Todos, 4,8% passaram a residir no local depois da instala��o do fornecimento de energia el�trica. Isso significa que quase meio milh�o de pessoas fizeram o percurso inverso, da cidade em dire��o ao campo, depois que as resid�ncias de suas fam�lias foram conectadas � rede. Elas foram atra�das pelas melhorias das condi��es de vida, que v�o desde a possibilidade de comprar uma geladeira para conservar os alimentos por mais tempo at� a melhoria das condi��es de seguran�a, passando pela possibilidade de incremento na renda, pelo banho quente no chuveiro e pela aquisi��o de bombas d’�gua.

A cilindreira Ivone Maria de Oliveira, de 46 anos, nasceu e foi criada na Comunidade quilombola de Mangueiras, na Regi�o Nordeste de Belo Horizonte. Saiu de l� porque a vida era muito dif�cil e foi morar na vizinha Santa Luzia, na Regi�o Metropolitana da capital. A perspectiva da chegada da energia el�trica foi definitiva para que ela voltasse a viver na comunidade sete meses antes da liga��o efetiva � rede el�trica. “Esses sete meses passaram voando. Isso n�o foi nada para quem j� tinha esperado tanto tempo, mais de 100 anos”, afirma. No dia em que a luz foi ligada, os moradores fizeram um lanche coletivo para comemorar. “De l� para c�, as condi��es de vida mudaram muito. A gente n�o tinha geladeira, a carne tinha que ser mantida na gordura para n�o estragar ou tinha que ser secada no fog�o a lenha.”

A chegada do insumo trouxe benef�cios, mas tamb�m um problema. � que os moradores, desacostumados com a conta de luz, se assustaram com as faturas no fim do m�s. “Penamos para aprender, mas aprendemos. A situa��o da educa��o melhorou, constru�mos uma sala de aula aqui e tamb�m um centro multiuso com computadores”, diz Ivone. Hoje, 48 pessoas, reunidas em 22 fam�lias, vivem no local. “Esperamos a volta de outras fam�lias por causa da luz e da �gua”, sustenta o presidente da comunidade quilombola, Maur�cio Moreira dos Santos. De acordo com ele, a energia deu mais estabilidade para a vida dos que vivem ali porque antes n�o havia luz e nem equipamento p�blico algum.

Expectativa

Aur�lio Pav�o de Farias, diretor nacional do Programa Luz para Todos, respons�vel por levar energia el�trica para o Brasil rural, explica que o que tira o homem do campo � a expectativa de melhoria de vida que ele tem ao se mudar para um centro urbano. “A falta de expectativa de qualidade de vida contribui para que as pessoas se mudem para os grandes centros, mas a chegada da luz facilita o seu retorno. A demanda das crian�as por TVs, por exemplo, influi muito porque isso melhora a intera��o delas com o mundo. Outra coisa que facilitou a vida foi a possibilidade de as mulheres comprarem m�quinas ou tanquinhos para lavar roupa”, afirma.

De acordo com ele, nas visitas t�cnicas realizadas pelo Luz para Todos � percept�vel uma mudan�a “da idade das cavernas para o s�culo 21”. Isso acontece porque quem vive na escurid�o, sem acesso aos beneficios da energia, tem a vida transformada com a chegada do insumo. “A primeira mudan�a aparece com as facilidades trazidas pela geladeira, televis�o, liquidificador. Mas as crian�as passam a se aproveitar da luz artificial para estudar em casa, e em muitas situa��es a aquisi��o de uma simples bomba d’�gua muda a vida das pessoas, porque permite a multiplica��o da lavoura.”


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