Diante de uma economia estagnada e de sinais de modera��o no mercado de trabalho, grandes bancos est�o pessimistas. Mesmo com as v�rias medidas adotadas pelo governo e o juro no menor patamar hist�rico, banqueiros preveem que a oferta e a aprova��o de novos financiamentos para o consumidor dever�o ser "restritivas" no trimestre. A avalia��o incomoda o governo e a equipe econ�mica j� amea�ou que, se precisar, vai agir.
Na quarta-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, convocou nove dos maiores banqueiros do Brasil para tentar mudar a posi��o do grupo - especialmente dos privados - que argumenta que o cr�dito n�o deslanchar� t�o r�pido como espera o governo. Nos bancos, o argumento passa pelo emprego mais fraco, desacelera��o da renda e, especialmente, falta de confian�a na economia.
O pessimismo ficou expl�cito um m�s antes do encontro com Mantega. No fim de junho, 17 institui��es financeiras - entre bancos e financeiras - foram sondadas pelo Banco Central sobre as perspectivas do mercado de cr�dito. O grupo responde por 85% do total de empr�stimos ao consumo, segmento considerado chave para manter a economia aquecida.
As respostas n�o foram animadoras. O grupo disse que a oferta de novos empr�stimos deve ter "moderada contra��o" no terceiro trimestre. A pesquisa qualitativa recebe respostas em uma escala entre +1 (o melhor cen�rio poss�vel) e -1 (o pior cen�rio poss�vel). Sobre a oferta de cr�dito ao consumo, o estudo mostra uma nota -0,31 no per�odo entre julho e setembro. Ou seja, uma tend�ncia � redu��o da disponibilidade de empr�stimos. Al�m disso, os bancos tamb�m preveem que a situa��o econ�mica dos clientes n�o estar� boa o suficiente e, por isso, a aprova��o de novos financiamentos deve ter "ligeira contra��o". Neste caso, a resposta dos bancos foi -0,19.